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Autor de explosões em Brasília planejava ‘eliminar ministros do STF’ desde 2022, diz ex-companheira à PF

Daiane Dias afirmou que Francisco Wanderley viajou a Brasília em 2022 para "observar a movimentação"
16/11/2024 | 12h41

A ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes na quarta-feira (13), disse à Polícia Federal que desde 2022 ele “tinha a ideia de eliminar os ministros do STF”.

O homem chegou a se hospedar em Brasília naquele ano para “observar a movimentação”. Ele alugou uma quitinete na Ceilândia pela primeira vez em março ou abril de 2022 e voltou nos últimos meses. A casa foi investigada pela polícia e mais artefatos explosivos foram encontrados – uma gaveta no imóvel gerou uma “explosão gravíssima” ao ser aberta por um robô antibombas da PF.

As informações constam do depoimento prestado por Daiane Dias à PF, obtido pela TV Globo. Segundo Daiane, Francisco “dizia que queria eliminar qualquer um dos 9 (nove) ministros do STF”.

A ex-companheira de Francisco disse não acreditar que haja outras pessoas envolvidas no planejamento das ações porque Francisco dizia “que não poderia envolver mais ninguém em seus planos porque não confiava em ninguém” e que ninguém além dela sabia dos “planos violentos de Francisco.”

Este ano, Francisco deixou a casa em Rio do Sul (SC) de maneira “sorrateira” – para a ex-mulher, uma forma dela não conseguir convencê-lo novamente a desistir. Ela não descartou, no entanto, que “nesses três meses em que ele ficou em Brasília tenha feito algum aliado.”

autor de explosões

Autor de atentado vivia com aluguéis de imóveis

Daiane relatou à PF que Francisco se mantinha com parte de aluguéis de imóveis herdados e dinheiro guardado do trabalho como chaveiro. Em dois momentos diferentes, ela foi questionada pelos investigadores sobre os artefatos utilizados por Francisco, e em ambas as respostas negou ter conhecimento de que ele tivesse adquirido os itens ou mesmo mencionado explosivos.

Daiane já havia dito que Francisco “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora” do atentado. No depoimento, ela confirmou as falas dadas à PF – até então informalmente – aos agentes.

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