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Biden concede indultos preventivos a potenciais alvos de Donald Trump

Indultados o ex-chefe do Estado-Maior, general Mark Milley, e o ex-coordenador do combate à covid-19, Anthony Fauci
20/01/2025 | 11h50
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Por AFP

O presidente americano em fim de mandato, Joe Biden, concedeu nesta segunda-feira (20) indultos preventivos a congressistas e funcionários para protegê-los de “processos judiciais injustificados e politicamente motivados” horas antes da posse de seu sucessor, Donald Trump, que prometeu “se vingar” de seus adversários.

O democrata, de 82 anos, decidiu conceder essa proteção a personalidades que os apoiadores de Trump consideram inimigas, de acordo com um comunicado.

Elas incluem o ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, e o ex-coordenador de estratégia de combate à covid-19, Anthony Fauci, assim como membros do Congresso e funcionários que serviram em uma comissão de investigação sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, além de policiais que testemunharam perante esta comissão.

“Acredito no Estado de Direito e estou otimista de que a força de nossas instituições jurídicas acabará prevalecendo sobre a política. Mas essas são circunstâncias excepcionais, e não posso, em sã consciência, não fazer nada”, disse Biden.

“Investigações infundadas e politicamente motivadas causam estragos na vida, na segurança e na solvência financeira dos investigados e de suas famílias. Mesmo quando as pessoas não fizeram nada de errado — e de fato fizeram a coisa certa — e eventualmente serão exoneradas, o simples fato de serem investigadas ou processadas pode prejudicar irreparavelmente sua reputação e suas finanças”, acrescentou.

Ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley foi ameaçado por Trump

Intimidações de Trump

“É alarmante que funcionários públicos tenham sido submetidos a ameaças e intimidações contínuas por cumprirem fielmente seus deveres”, escreveu o democrata, que passa o bastão para Trump. Joe Biden também decidiu recentemente conceder o indulto ao seu filho Hunter, que tem problemas com a lei e é um alvo favorito da direita radical americana.

O presidente democrata deve receber Trump e sua esposa pela manhã para uma reunião de cortesia na Casa Branca e, em seguida, respeitando escrupulosamente todos os costumes de uma transferência pacífica de poder, comparecerá à posse de Donald Trump no interior do Capitólio.

Quatro anos atrás, o bilionário republicano, enfurecido pela derrota, recusou-se a recebê-lo na Casa Branca e não compareceu à sua posse.

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