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Os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de segunda-feira (20), dia da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano de extrema direita Donald Trump. Ironicamente, hoje é feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos, líder do movimento pelos direitos civis no país. Com o mercado financeiro estadunidense fechado hoje, a liquidez mundial será baixa.

Em um comício realizado ontem (19), Trump afirmou que assinará cerca de 100 ordens executivas poucas horas após assumir o cargo. Ele reiterou suas promessas de deportar imigrantes, cortar regulamentações e liberar recursos energéticos.

Outro assunto no radar do mundo é o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que começa nesta segunda-feira. Entre os tópicos a serem abordados estão a identificação de novas fontes de crescimento na economia global, a transformação de indústrias na era digital, o investimento no desenvolvimento humano, ações para enfrentar a mudança climática e a colaboração em soluções para problemas internacionais e regionais.

No Brasil, o único destaque da agenda é o Boletim Focus do Banco Central.

Brasil

Impulsionado pela Vale, o Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (17) com ganho de 0,92%, aos 122.350,38 pontos. Na semana, o principal indicador da Bolsa brasileira fechou com alta de 2,94%, o melhor desempenho desde as sessões entre 5 e 9 de agosto de 2024. No mês, acumula alta de 1,72%.

O que ajudou a impulsionar o IBOV foi a Vale. Dados econômicos da China, como o PIB de 2024 em linha com o esperado, ajudaram a dar sustentação às ações de mineradoras.

Assim, Vale, um dos pesos-pesados do indicador, ganhou 3,46% e a CSN, +4,10%, entre outros papéis do segmento, que compensaram o desempenho majoritariamente negativo dos grandes bancos, exceto o Itaú, que subiu 0,72%.

No acumulado da semana, o dólar comercial apontou queda de 0,62%, embora o dia tenha encerrado com +0,20%, a R$ 6,06.

Europa

As bolsas europeias operam com alta em sua maioria, com investidores atentos à posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, e sua promessa de implementar tarifas universais sobre bens importados, o que pode trazer consequências econômicas sérias para várias nações.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,11%
DAX (Alemanha): +0,01%
CAC 40 (França): +0,24%
FTSE MIB (Itália): -0,07%
STOXX 600: +0,11%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta segunda-feira, dia da posse de Donald Trump, e com os mercados à vista fechados porque é feriado de Martin Luther King Jr. por lá. Na semana passada, o Dow Jones e o S&P 500 avançaram 3,7% e 2,9%, respectivamente, marcando o maior ganho semanal de ambos os índices desde a semana das eleições presidenciais dos EUA em novembro. O Nasdaq registrou alta de 2,5%, alcançando seu melhor desempenho semanal desde o início de dezembro.

Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,11%
Nasdaq Futuro: +0,15%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com alta, depois que uma conversa entre Donald Trump e Xi Jinping aumentou as esperanças de alívio das tensões entre EUA e China.

O Banco Popular da China manteve a taxa básica de juros de empréstimo para 1 ano em 3,1% e a LPR para 5 anos em 3,6%. O yuan offshore registrou uma leve valorização, sendo cotado a 7,3345 por dólar, enquanto o yuan onshore foi negociado a 7,323 por dólar americano.

Shanghai SE (China), +0,08%

Nikkei (Japão): +1,17%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,75%

Kospi (Coreia do Sul): -0,14%

ASX 200 (Austrália): +0,45%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa antes da posse do presidente eleito Donald Trump, enquanto o mercado se preparava para um período de incerteza e turbulência no início de seu segundo mandato na Casa Branca.

Petróleo WTI, -0,10%, a US$ 77,80 o barril
Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 80,62 o barril

Agenda

Nos EUA, dia de posse de Donald Trump.

Por aqui, no Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil é uma “solução” para os Estados Unidos no comércio bilateral, destacando que o fluxo comercial entre os países atingiu quase US$ 80 bilhões em 2023, com saldo favorável aos americanos. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Alckmin apontou oportunidades em áreas como inteligência artificial, energia renovável e semicondutores, ressaltando que a relação comercial pode se fortalecer mesmo com a volta de Donald Trump à presidência. Ele frisou que o Brasil mantém laços históricos e econômicos estreitos com os EUA, maior investidor no país, e que o presidente Lula, um “homem de diálogo”, já governou com George W. Bush. Apesar da cautela nas questões tarifárias, Alckmin disse que será preciso aguardar os primeiros passos de Trump para avaliar possíveis impactos.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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