No dia 4 de abril, em Foz do Iguaçu, será julgado o bolsonarista Jorge Guaranho, ex-policial penal que assassinou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda durante sua festa de aniversário, no dia 9 de julho de 2022, por motivação política.
Marcelo Arruda comemorava 50 anos com amigos e familiares quando foi baleado por Guaranho, que invadiu a festa do aniversariante ao descobrir que o tema da celebração era o presidente Lula. Além de ser guarda municipal, Arruda era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores na cidade.
Ele invadiu uma área privada da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf) aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e discutiu com a vítima antes de deixar o local.

Marcelo Arruda: tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, guarda municipal foi assassinado em sua festa de 50 anos. Arruda deixou esposa e quatro filhos
O assassino retornou instantes depois, já armado, e atirou no aniversariante. Arruda conseguiu reagir e também acertou o criminoso. Ambos foram socorridos, mas o petista não resistiu aos ferimentos.
Bolsonarista está preso à espera do júri

Assassino bolsonarista invadiu festa em Foz do Iguaçu para matar eleitor do presidente Lula
O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade e provocou debate sobre violência política causada pelo bolsonarismo. Guaranho está preso no complexo médico-penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde aguarda julgamento.
O júri estava previsto para 7 de dezembro, mas foi adiado porque a defesa do réu pediu mais tempo. O ex-policial penal responde por homicídio doloso duplamente qualificado após denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) à Justiça.
O assassino foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar “perigo comum” às outras pessoas que estavam na festa. Apesar disso, a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, informou na época que não havia provas suficientes para enquadrar o assassinato como crime de ódio por motivação política.
Cecconello disse que Guaranho foi até a festa para “provocar a vítima por razões políticas”, no entanto, quando ele volta e de fato comete o crime, não há como provar que havia premeditação do assassinato por divergências políticas.
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