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Bolsonaro espera que Trump ajude sua volta à política em 2026, diz jornal americano

O ex-presidente afirmou que Trump pode pressionar o Judiciário e impor sanções econômicas ao Brasil
01/12/2024 | 08h41

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou esperar apoio de Donald Trump para voltar ao poder em 2026. Bolsonaro, em entrevista publicada no Wall Street Journal na quinta-feira (28), disse que a volta do republicano à Presidência dos EUA em 2025 é um “sinal”.

“Trump está de volta, e é um sinal de que nós também estaremos de volta”, declarou o ex-presidente. O jornal também afirma que Bolsonaro “sugeriu que Trump poderia impor sanções econômicas contra o governo de Lula para apoiá-lo”.

De acordo com o Wall Street Journal, Bolsonaro está próximo a Trump desde a vitória do republicano nas eleições. A equipe de Trump não respondeu a um pedido de comentário sobre as declarações de Bolsonaro, segundo o jornal.

Os dois líderes de extrema-direita Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

O jornal também diz Bolsonaro aposta em Trump para pressionar o Judiciário brasileiro para adiar o cimprimento da decisão judicial que o proíbe de ser candidato nas próximas eleições presidenciais em 2026. Bolsonaro, além de estar inelegível pelos ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, agora foi indiciado pela participação na tentativa de impedir a posse de Lula e dar um golpe de Estado em 2022.

Bolsonaro: sanções econômicas

Sobre as sanções econômicas que a administração Trump poderia impor ao Brasil, Bolsonaro mencionou medidas dos EUA com o petróleo da Venezuela. “Trump também tem estado muito preocupado com a Venezuela e discutiu comigo sobre formas para fazer o país retornar à democracia”, afirmou o ex-presidente ao Wall Street Journal.

Bolsonaro já foi chamado de “Trump dos trópicos” durante seu mandato em 2019-2023. Como Donald Trump, ele atribuiu os seus problemas jurídicos à perseguição política. Ele é acusado ao lado de outras 36 pessoas, citadas como co-conspiradores, em um relatório da PF que foi divulgado publicamente esta semana.

O procurador-geral Paulo Gonet deve decidir se denuncia o ex-presidente e os demais investigados pelos crimes apontados pela polícia, arquiva o expediente ou solicita novas diligências.

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