A oferta de ações da Eletrobras movimentou cerca de R$ 33.7 bilhões (US$ 6.9 bilhões). A Centrais Elétricas Brasileiras SA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) venderam um total de 697.476.856 ações a R$ 42.00 cada na noite de quinta-feira (9). Um lote adicional de 104.621.528 novas ações da Eletrobras também foi totalmente vendido.
Os bancos que executaram o negócio foram Banco BTG Pactual SA, Bank of America Corp., Goldman Sachs Group Inc., Banco Itaú BBA SA, XP Investimentos SA, Banco Bradesco BBI SA, Caixa Econômica Federal, Citigroup Inc., Credit Suisse Group AG, JPMorgan Chase & Co., Morgan Stanley e Banco Safra SA. Grandes investidores marcaram presença na operação, entre eles o fundo 3G Capital, dos fundadores da Ambev, e o Banco Clássico, de José Abdalla Filho. A demanda total teria superado os R$ 70 bilhões.
Venda da Eletrobras foi o maior movimento de desestatização da história
Segundo o site InfoMoney, “a venda da Eletrobras via Bolsa foi o maior movimento de desestatização do País em duas décadas. A fatia do governo e do BNDES no negócio deve cair a cerca de 35%”.
“O preço de R$ 42 representou um desconto de 4% em relação ao valor da ação ao fim do pregão de quinta-feira, de R$ 44. Além de ter sido uma das maiores ofertas de ações em todo o mundo no ano de 2022, a operação da Eletrobras também foi a maior operação na B3, a Bolsa brasileira, desde a megacapitalização da Petrobrás, em 2012, que movimentou R$ 100 bilhões”, escreve o site.
A compra de ações da Eletrobras também foi impulsionada pela possibilidade de trabalhadores utilizarem recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que também ocorreu com papeis da Vale e da Petrobrás. O teto para uso do FGTS era de R$ 6 bilhões, mas a demanda ficou em R$ 9 bilhões.
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