Em ato que reuniu políticos da extrema-direita e bolsonaristas na tarde de sábado na avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro apelou ao Senado por “freio” no ministro Alexandre de Moraes, do STF, e falou em “anistia” aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Novamente, Bolsonaro se referiu como “ditador” e o acusou de manipular inquéritos a até a eleição de 2022. Também afirmou ser perseguido e que só teria sido eleito por uma “falha no sistema”. Também pediu para “botar freio naqueles que rompem as quatro linhas”.
“Devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais àqueles que rompem os limites das quatro linhas da constituição. Eu espero que o Senado coloque um freio no Moraes, esse ditador, que é mais no Brasil que o próprio Lula”, disse Bolsonaro em seu discurso.
Apoiadores de Jair Bolsonaro se aglomeram perto de carro de som na avenida Paulista (Foto: Reprodução vídeo)
A avenida Paulista foi fechada para o ato pró-impeachment organizado por Silas Malafaia. Os bolsonaristas ocuparam os quarteirões próximos ao carro de somo, mas o público foi menor do que no ato realizado em fevereiro. Durante a fala de Bolsonaro, parte do público começou a deixar a manifestação na Paulista.
Eduardo Bolsonaro: “Fora Xandão”
O filho de Jair Bolsonaro, senador Eduardo Bolsonaro, começou os discursos do ato. Pediu “anistia aos presos políticos” e encerrou puxando um coro de “Fora, Xandão”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) pediu a volta de Bolsonaro, falou em defesa da liberdade e também falou em “presos políticos” e “anistia”. “A direita dá resultado, estamos do lado do povo. Saudades de Bolsonaro”, disse Tarcísio.
O prefeito e candidato à releição Ricardo Nunes (MDB) subiu ao trio, mas não foi anunciado e nem discursou, apesar de ser apoiado por Bolsonaro. O candidato do PRTB Pablo Marçal, que tem dividido as intenções de votos dos bolsonaristas com Nunes, também apareceu na manifestação, mas não falou.
Além de Eduardo Bolsonaro, falaram ao público os deputados Bia Kicis (PL), Júlia Zanatta (PL), Gustavo Gayer (PL) e Nikolas Ferreira (PL) e o senador Magno Malta (PL). Eles pediram o impeachment de Moraes e também mencionaram o banimento da rede social do X, por decisão do STF, e fizeram elogios ao dono da rede social, Elon Musk.
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