O conclave decidiu o nome do novo papa na primeira votação da tarde desta quinta-feira (8). A fumaça branca, que indica que os 133 cardeais chegaram num consenso na escolha do cardeal que será o líder pontífice da Igreja Católica, foi vista saindo da Capela Sistina, no Vaticano.
A identidade do cardeal eleito para novo pontífice ainda deve ser revelada no início da tarde, na cerimônia em que se pronuncia, em latim, o “habemus papam“.
Para que um novo papa seja eleito, um cardeal precisa conseguir dois terços dos votos do conclave. Quando isso acontecer, sairá fumaça branca da chaminé da Capela Sistina.
Os cardeais dão seus votos em papéis impressos com a frase em latim “Eligo in summum pontificem” (Elejo como sumo pontífice, em português). As cédulas são reunidas e queimadas no final das sessões da manhã e da tarde, que resultam na fumaça.
Se não houver consenso para um novo papa na primeira votação da manhã, não será liberada fumaça da chaminé — nem branca, nem preta. Se não houver resultado positivo na primeira votação, os cardeais vão direto para a segunda rodada da manhã. Se não houver consenso também, aí, sim, sairá fumaça preta. Se um novo papa for escolhido, sairá fumaça branca.
Caso o novo papa seja escolhido já na primeira votação de uma das sessões, a fumaça branca pode aparecer antes do horário previsto, indicando que o quórum de dois terços foi alcançado.
Após a fumaça branca, o anúncio oficial, o tradicional “Habemus papam” costuma ocorrer entre 45 minutos e uma hora depois, com o novo pontífice se apresentando na sacada da Basílica de São Pedro.

No primeiro dia de conclave, a fumaça preta pode ser vista saindo da chaminé da Capela Sistina (Foto: Reuters)
Fumaça branca indica o ‘habemus papam’
O conclave teve início por volta das 17h45 no horário local (12h45 em Brasília), na quarta-feira (7) na Capela Sistina, com a tradicional cerimônia de juramento de sigilo dos 133 cardeais eleitores, acompanhada do canto em latim “Veni Creator Spiritus”. Em seguida, foi declarado o “extra omnes” — expressão em latim que significa “todos para fora” —, marcando o início do isolamento total dos cardeais, sem acesso a qualquer meio de comunicação.
Do lado de fora, fiéis acompanham a emissão de fumaça, o único sinal de atividade que sai da Capela Sistina até que se escolha o novo papa. O segredo de como são produzidas as cores das fumaças que indicam o resultado das votações do conclave só foi revelado em 2013, por ocasião da escolha do papa Francisco.
Em comunicado, o Vaticano explicou que as receitas são fórmulas pirotécnicas bastante comuns nos dois casos. As fumaças são geradas pela queima das cédulas eleitorais em um fogareiro especial na Capela Sistina. Para evitar dúvidas, naftalina e lactose são adicionados para gerar, respectivamente, a fumaça preta e a branca.
A fumaça branca combina clorato de potássio, açúcar de leite (que serve como um combustível facilmente inflamável) e breu de pinho. Já a fumaça preta usa perclorato de potássio e antraceno (um componente do alcatrão de carvão), com enxofre como combustível.
Os produtos químicos são inflamados eletricamente em um fogão especial usado pela primeira vez no conclave de 2005, segundo a declaração do Vaticano. A fumaça colorida e a fumaça das cédulas se misturam e sobem por um longo tubo de cobre até o teto da capela, onde a fumaça é visível da Praça de São Pedro.
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