Uma carta dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi publicada hoje no jornal The New York Times, pedindo que ele revogue a dura política do antecessor, Donald Trump, em relação a Cuba. O pedido é para que Biden dê essa guinada durante os seus últimos 90 dias no cargo, enquanto Cuba atravessa simultaneamente uma grave crise energética e um furacão.
Apesar dos apelos para o regresso aos esforços de normalização feitos durante o governo de Barack Obama, Biden manteve as medidas rigorosas de Trump, incluindo 243 sanções adicionais e a designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo. Estas políticas infligiram mais de US$ 164 bilhões em danos a Cuba nas últimas seis décadas, com mais de US$ 5 bilhões em perdas reportadas só no último ano (março de 2023 a fevereiro de 2024).
O atual apagão nacional em Cuba, atribuído às restrições à aquisição de combustíveis e peças sobressalentes, em consequência das sanções dos EUA, torna a situação do povo cubano ainda mais grave – a carta sublinha que esta política prejudica a população, não apenas o governo.
A carta afirma: “Com apenas 90 dias restantes para o seu mandato, você pode suspender essas medidas prejudiciais. A remoção da designação de terrorismo permitiria a Cuba restaurar a sua rede elétrica e resolver a escassez crítica de alimentos e medicamentos… Este apagão sublinha o legado americano de sofrimento em Cuba.
Ainda não é tarde para mudar esta realidade com uma simples assinatura. “Vamos deixar Cuba viver.”
A exigência da carta é apoiada por um coro crescente de líderes internacionais e por resoluções consistentes da Assembleia Geral da ONU que defendem a eliminação da designação de Patrocinador Estatal do Terrorismo e o fim do embargo dos EUA a Cuba.
A ONU está programada para realizar sua votação anual na próxima semana sobre a resolução para levantar o embargo.
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