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Caso Braskem: ‘Maior tragédia humanitária do mundo’, diz prefeito de Maceió

Defesa Civil de Alagoas estima que há 72% de chances da Mina 18 entrar em colapso
04/12/2023 | 16h42

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), classificou a situação de emergência na cidade, com o risco de colapso na área em que a Braskem mantinha a exploração de sal-gema, como “a maior tragédia urbana no mundo, em curso”. A Defesa Civil estadual estima que há 72% de chances de que a Mina 18 explorada pela empresa colapse e venha abaixo. As declarações de JHC foram dadas à CNN Brasil.

Segundo JHC, a prefeitura evita cravar horários para a ocorrência com o intuito de amenizar a ansiedade da população. Ainda de acordo com o prefeito, equipamentos modernos estão sendo utilizados para calcular o afundamento do solo, para qual direção está se movimentando e qual a intensidade desse movimento.

Segundo a Defesa Civil, a Mina 18, prestes a colapsar, afundou mais de um metro nas últimas 48 horas. “Naquela localidade, o fenômeno é constante”, pontuou JHC.

O gabinete de crise criado pela prefeitura comunicou aos órgãos de controle e de segurança sobre o perigo do desastre, incluindo os comandos da Marinha e do Exército. Além de Mutange e Pinheiro, dois dos bairros mais afetados, Bebedouro, Bom Parto e Farol também foram evacuados por conta da situação.

“Todo o plano de contingência está funcionando, protocolos estão sendo seguidos rigorosamente pela Defesa Civil de Maceió, que já se comunicou com todas as autoridade pertinentes”, informou o prefeito.

Segundo JHC, o plano de contingência calcula diversas hipótese de colapso. “Claro que nós nos preparamos para a pior situação possível, mas torcemos que ela seja de uma maneira mais branda”, explicou. “Nesse momento, devemos esperar, monitorar e supervisionar essa área”, concluiu o prefeito.

ENTENDA O CASO

A Braskem teve em Maceió 35 poços de extração de sal-gema, material usado para produzir PVC e soda cáustica.

A exploração do minério começou em 1979 e se manteve até maio de 2019, quando foi suspensa um dia após a divulgação de laudo pelo Serviço Geológico apontando riscos nas escavações.

Recentemente, a jornalista Heloisa Vilela, do ICL, fez uma série de reportagens sobre a ação da mineradora Braskem em Maceió:

 

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