O centrão sugeriu que, na reforma ministerial que o governo tem planejado, coloque Fernando Haddad na Casa Civil e Geraldo Alckmin na Fazenda. A informação é da coluna da Andréia Sadi no G1. Os líderes dos principais partidos do Congresso vêm alertando o governo que uma simples reforma ministerial não seria o suficiente para recuperar a credibilidade do governo.
Eles argumentam que, para que a mudança nos ministérios seja efetiva, seria necessário um verdadeiro “freio de arrumação”, sinalizando mudanças concretas para o mercado e para a política, o que poderia ser feito tirando Fernando Haddad do Ministério da Fazenda. Nessa hipótese, Haddad seria substituído pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e iria para a Casa Civil.
A ideia é que essa mudança mostraria uma renovação da “carta-compromisso” do governo Lula, ao colocar Alckmin, que foi o maior representante do centrão na campanha presidencial de Lula em 2022, não possui uma visão de aumento de gastos e ter uma excelente interlocução com o mercado.
Já a proposta de realocar o Haddad na Casa Civil, é devido à dificuldade que o ministro vem enfrentando para pôr em pratica a sua agenda dentro da pasta da Fazenda, que tem encontrado cada vez mais dificuldade por causa da relação conturbada entre ele e o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Esse movimento seria para proteger e fortalecer Haddad, que é visto como um substituto à altura de Lula.
Críticas a Haddad e obstáculos para o governo
Ministro da Fazenda Fernando Haddad, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, criticou Fernando Haddad na última quarta-feira (29), durante um encontro de investidores, dizendo que o político não consegue comandar e é “ministro da Fazenda fraco”.
Outro ponto que pesa contra Haddad na Casa Civil, é o apreço que o presidente Lula tem por Rui Costa. Para que o movimento aconteça, Lula precisaria ser convencido de que a mudança é necessária, contudo, até o momento o presidente não dá sinais de que cogita substituí-lo.
O centrão também alertou que o governo terá grandes dificuldades no Congresso em 2025. A crise das emendas e a interlocução travada com o núcleo do Palácio do Planalto são problemas que o governo terá que enfrentar este ano.
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