O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (25) uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. É a primeira que o órgão consegue aprovar sobre uma trégua no território palestino.
A resolução aprovada hoje foi feita por um grupo de dez países rotativos liderados por Moçambique — Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça também participaram do pedido.
Os Estados Unidos se abstiveram na votação. Todos os outros 14 membros restantes do colegiado votaram a favor, incluindo os membros permanentes Rússia, China, Reino Unido e França.
O texto determina um cessar-fogo durante o mês do Ramadã, o período sagrado para os muçulmanos, que começou dia 10 e termina em 9 de abril, mas pede que a trégua aumente até virar permanente.
A resolução exige também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Israel diz que o Hamas fez 253 reféns durante o ataque de 7 de outubro.
A resolução fala em “libertação imediata e incondicional de reféns”. O texto também “enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção dos civis em toda a Faixa de Gaza e reitera a sua exigência de levantamento de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala”.
Proposta de cessar-fogo dos EUA vetada
Na semana passada, uma proposta dos EUA, que defendia um “cessar-fogo imediato” em Gaza, tendo como condição a liberação dos reféns mantidos em Gaza e a suspensão do financiamento externo ao Hamas, foi vetada pela China e pela Rússia.
O governo dos Estados Unidos usou o seu poder de veto para proteger Israel por quase seis meses, sendo contrário a um “cessar-fogo”. Diante das eleições presidenciais deste ano, o presidente Joe Biden, candidato à reeleição, no entanto, tem sido pressionado por sua base de apoio.
“Determina a necessidade imperativa de um cessar-fogo imediato e sustentado para proteger os civis de todos os lados, permitir a entrega de assistência humanitária essencial e aliviar o sofrimento humanitário e, para esse fim, apoia inequivocamente os esforços diplomáticos internacionais em andamento para garantir esse cessar-fogo em conexão com a libertação de todos os reféns restantes”, dizia o documento proposto pelos EUA.
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