O Rio Grande do Sul tem nova previsão de tempestade se aproximando. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou na manhã desta segunda-feira um alerta vermelho para a previsão de tempestade em áreas do estado, que enfrenta fortes temporais desde a semana passada.
O aviso de “grande perigo” é válido até terça-feira e prevê que haverá “volume total de chuva pode superar os 100 milímetros (mm) em 24h, com ventos acima de 100 km/h e queda de granizo”.
De acordo com o comunicado do Inmet, há ainda “grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário”.
O alerta é válido para os municípios de Arroio Grande, Chuí, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.
As tempestades que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 83 mortos confirmados, 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas até o momento.
Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 850 mil pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.
Mais de 121 mil pessoas estão desalojadas e outros 19 mil estão em abrigos. A marca já supera a última tragédia ambiental no estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.
A previsão só deve melhorar no início da próxima semana. No entanto, o Comando Militar do Sul (CMS) comunicou que deve haver queda de temperatura no estado a partir da próxima quarta-feira (8), o que pode provocar um aumento nos casos de hipotermia de pessoas isoladas pelas chuvas que aguardam resgate, além de dificultar as condições de socorro e evacuação.
Em algumas regiões do estado, de acordo com o CMS, a temperatura pode cair para até 10 °C.
70% de Porto Alegre sem água; situação pode se agravar se previsão do Inmet se confirmar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na coletiva, assim como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), também presente, informou que 70% da capital gaúcha está sem água. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), falou em “cenário de guerra”.
Lula afirmou que “não haverá impedimento da burocracia” para a recuperação do estado e prometeu a Leite que o governo federal irá recuperar as estradas estaduais.
O presidente viajou com a primeira-dama, Janja, e 13 ministros, incluindo Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Nísia Trindade (Saúde) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima).
Os ministros da Integração Nacional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, já estavam no Rio Grande do Sul desde sábado para instalar um escritório em Porto Alegre.
Lula disse que cobrou de Marina Silva um plano de prevenção de desastres para que o governo “pare de correr atrás da desgraça”.
— É impossível discutir a questão do clima sem trazer a Marina, que está compromissada a me apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.
Números da tragédia (atualizados na manhã desta segunda-feira, dia 6):
Municípios afetados: 345.
Pessoas em abrigos: 19.368.
Desalojados: 121.957.
Afetados: 850.422.
Feridos: 276.
Desaparecidos: 111.
Óbitos confirmados: 83.
Ajude as vítimas
Para apoiar a campanha de distribuição de comida às vítimas da tragédia, um projeto da Cozinha Solidária — uma das ações mais sérias do Brasil — incentivado pelo ICL, basta entrar no site da plataforma Apoia-se e fazer sua contribuição. Ou fazer um Pix diretamente para o e-mail da campanha: [email protected].
Até o momento, foram arrecadados quase R$ 400 mil em 3.799 doações.
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