O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela atualizou nesta sexta-feira (2) a contagem dos votos da eleição presidencial do último domingo (28). O presidente Nicolás Maduro foi reeleito com 51,95% — Edmundo González teve 43,18%.
Segundo o CNE, foram apuradas 96,87% das urnas. Houve participação de 59,97% dos eleitores. O Conselho, no entanto, não apresentou as atas da eleição.
Conselho: resultado
Urnas
- Votantes: 12.386.669
- Participação: 59,97%
- Votos válidos: 12.335.884
- Votos nulos: 50.785 (0,41%)
Candidatos
- Nicolás Maduro: 6.408.844 — 51,95%
- Edmundo González: 5.326.104 — 43,18%
- Luis Eduardo Martínez: 153.360 — 1,24%
- Antonio Ecarri: 116.421 — 0,94%
Prisão
Nesta sexta-feira (2), o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou ter prendido mais de 1.200 pessoas durante os protestos que ocorreram após a eleição do último domingo (28).
Em postagem na rede social X, Maduro também prometeu levar para a prisão outros mil manifestantes.
“Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”, escreveu Maduro no X.
Estados Unidos
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou na quinta-feira (1º) que Edmundo González, adversário de Nicolás Maduro, obteve o maior número de votos na eleição presidencial da Venezuela. O comunicado do governo norte-americano reforça a posição da oposição na Venezuela de não reconhecer o resultado das eleições presidenciais venezuelanas.
O documento de Blinken cumprimenta González pelo “sucesso da campanha” e diz que “é hora de as partes venezuelanas iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”.
Maduro reage em discurso
“Querem impor um modelo ‘Guaidó parte 2’. ‘Guaidó parte 1’, foi um fracasso, um dano ao país. Nós tivemos muita paciência com Guaidó. Agora os Estados Unidos dizem que a Venezuela tem outro presidente. Os Estados Unidos devem tirar o seu nariz da Venezuela. O povo venezuelano é quem manda na Venezuela. É quem pode. É quem decide. É quem elege”, disse Maduro.
Falando aos trabalhadores dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção, Maduro referiu-se a um suposto ataque hacker que o Centro Nacional Eleitoral (CNE) teria sofrido e questionou a avaliação dos Estados Unidos: “O CNE sofreu um ataque bruto. Agora os Estados Unidos dizem ter as atas.”
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