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Corregedoria da Polícia Civil de SP abre investigação sobre vazamento a órgão do TSE

Procedimento ocorre após Folha de S. Paulo noticiar suposto repasse de informações para um PM
16/08/2024 | 21h08

A Corregedoria de Polícia Civil de São Paulo instaurou procedimento para  investigar um suposto vazamento de informações para um policial militar que teria ajudado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a reunir informações a pedido da equipe do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o PM Wellington Macedo, lotado no gabinete de Moraes no STF, fez pedidos a Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE.

Ainda de acordo com o jornal, o objetivo seria para apurar fatos relacionados à segurança de Moraes e familiares do ministro após vazamento de dados pessoais e ameaças enviadas para números ligados ao magistrado ou publicadas nas redes.

Em uma das mensagens, Tagliaferro diz ao PM que possui e usa senhas de acesso do sistema da Segurança Pública de São Paulo graças ao que chama de “relação de confiança” com um amigo policial.

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Corregedoria

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a Polícia Civil afirmou nesta quinta-feira (15) que “instaurou procedimento na Corregedoria da instituição para apurar eventual envolvimento de um policial civil no vazamento de informações citado pela reportagem”.

“O policial militar citado encontra-se regularmente afastado para exercer cargo em comissão junto ao STF”, informou, em nota, a secretaria.

Pedido

Na última quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes se manifestou publicamente sobre a revelação da Folha de que ele teria usado o TSE de maneira informal para investigar bolsonaristas no STF.

Segundo Moraes, o “caminho mais eficiente para a investigação naquele momento era a solicitação [de relatórios] ao TSE” e que “lamentavelmente, num determinado momento, a Polícia Federal pouco colaborava com as investigações”.

A manifestação ocorreu no início de sessão do STF da última quarta-feira. O ministro disse que as informações solicitadas eram objetivas e públicas. “Seria esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral [à época], me auto oficiar”, afirmou.

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