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Medo de separação na deportação gera corrida de brasileiros para registrar filhos nos EUA

Lei norte-americana define que crianças nascidas nos EUA e que têm a cidadania daquele país não podem ser deportadas
14/03/2025 | 18h30
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30O número de solicitações de registros civis e certidões de nascimento para crianças que nasceram nos Estados Unidos (EUA) e que ainda não tinham o documento brasileiro saltou de 500, em janeiro, para 700 em fevereiro. A alta é reflexo do medo de imigrantes serem separados de seus filhos menores quando são presos e deportados.

Informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, revelam que brasileiros que vivem nos Estados Unidos têm lotado os 11 consulados do país nos EUA em busca do documento. Há hoje cerca de 30 mil brasileiros ameaçados de deportação.

Em março, a alta foi de dez vezes nos maiores consulados — e já chega à casa dos milhares. Os pedidos por passaportes, por sua vez, dobraram. Os números são tão expressivos que motivaram uma reunião, ocorrida recentemente, entre diplomatas brasileiros dos diversos consulados do país no território norte-americano.

Imigrantes nos EUA

A lei norte-americana define que crianças nascidas nos EUA e que têm a cidadania daquele país não podem ser deportadas. Com isso, pais e mães estrangeiros expulsos são forçados a deixar seus filhos para trás, sob a guarda do Estado norte-americano.

Com a certidão brasileira, que pode ser obtida nos consulados, os imigrantes têm a esperança de que as crianças viajem com seus pais ao Brasil em caso de deportação. A procura, porém, fez o prazo de espera para a emissão dos documentos subir para até dois meses.

EUA

Embaixada do Brasil nos EUA

O medo de serem flagrados sem documento pela polícia no transporte público, segundo informações da Folha, faz com que brasileiros evitem ir ao consulado. Para conseguir a certidão de nascimento, no entanto, eles têm que estar presentes na hora do registro, e precisam superar esse medo.

Os consulados estudam a criação de consulados itinerantes para ir ao encontro dos cidadãos.

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