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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

Criminosos infiltraram milicianos no PSOL para monitorar Marielle

Laerte Silva de Lima é um dos réus da investigação que apurou a prática de organização criminosa na região de Rio das Pedras e Muzema
24 de março de 2024

Por Karla Gamba

Durante o planejamento do assassinato de Marielle Franco, os investigados infiltraram um miliciano no PSOL, partido da vereadora, para acompanhá-la e levantar informações sobre ela.

O infiltrado foi Laerte Silva de Lima, que levou aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão a informação de que Marielle pediu para a população da região da Zona Oeste não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. A região era onde os irmãos, presos neste domingo (24), atuavam junto a grupos paramilitares.

Laerte Silva de Lima, um dos réus da investigação que apurou a prática de organização criminosa na região de Rio das Pedras e Muzema. Adriano da Nóbrega, conhecido como chefe do “escritório do crime”, também foi réu na mesma investigação.

Hoje a Polícia Federal prendeu os suspeitos de serem mandantes da morte da vereadora.

A operação conjunta da PF, da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro prendeu Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio (este, acusado de ser coautor).

Além das três prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.

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