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Defesa de Bolsonaro pede ao STF anulação da delação de Cid e acesso a mensagens

Advogados de Jair Bolsonaro também querem mais tempo para a apresentação da solicitação de diligências em ação penal
16/06/2025 | 19h16
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta segunda-feira (16) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo. Os advogados argumentam que mensagens atribuídas a Cid, supostamente enviadas por meio de um perfil no Instagram, comprometem a credibilidade da colaboração judicial.

Além da anulação da delação, os defensores solicitaram acesso às mensagens trocadas por esse perfil e pediram a ampliação do prazo para apresentar requerimentos de diligências no processo que investiga uma suposta trama golpista. Eles também requisitam apuração mais detalhada sobre a conta utilizada nas comunicações, incluindo localização da conexão, histórico de acessos e conteúdo completo publicado.

Na semana passada, a revista Veja revelou trechos de conversas que teriam sido enviadas por Mauro Cid a partir de um perfil com nome falso na rede social. A defesa do militar nega que ele seja o autor dos diálogos.

bolsonaro

Diante da reportagem, o ministro Alexandre de Moraes determinou na sexta-feira (14) que a empresa Meta, dona do Instagram, fornecesse em 24 horas os dados cadastrais do perfil em questão. Até o momento, essas informações ainda não foram entregues ao STF.

Durante o interrogatório de Cid na Corte, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, questionou o militar se ele havia comentado o conteúdo de sua delação com outras pessoas pela plataforma. Cid negou. Em outro momento, foi perguntado se ele conhecia o perfil “GabrielaR702”. O ex-ajudante de ordens respondeu que Gabriela é o nome de sua esposa, mas disse não saber se o perfil pertencia a ela.

Defesa de Bolsonaro e STF

Na manifestação enviada ao STF, os advogados de Bolsonaro sustentam que as mensagens levantam dúvidas sobre a veracidade do acordo de colaboração firmado por Cid. Caso a delação não seja anulada, eles pedem que o ministro Moraes reforce sua decisão anterior e exija da Meta dados adicionais sobre a conta investigada.

A defesa solicitou, paralelamente, a prorrogação do prazo concedido para a apresentação de diligências complementares, que vence nesta segunda-feira. Até agora, entre os oito réus do processo, apenas o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, formalizou pedidos.

Os advogados de Bolsonaro argumentam que precisam dos dados da conta do Instagram para fundamentar suas solicitações. Eles também pedem que os prazos para requerimentos sejam organizados por etapas: primeiro a Procuradoria-Geral da República (PGR), depois a defesa de Mauro Cid — por ser colaborador — e, por fim, os demais acusados.

A defesa reclama ainda da falta de acesso ao material colhido em duas investigações paralelas: o inquérito das milícias digitais e a apuração sobre supostas fraudes em cartões de vacinação.

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