A delegada Márcia Pereira Cruz, responsável pelo caso da apresentadora Ana Hickmann na delegacia de Itu, no interior de São Paulo, concedeu entrevista para a TV Tem , afiliada da Globo, para falar sobre a agressão sofrida pela artista. Ana registrou boletim de ocorrência contra o marido, Alexandre Correa, por lesão corporal e violência doméstica.
“Pessoalmente, considero que ela teve muita coragem de vir à delegacia e registrar a ocorrência, apesar de toda a exposição que está tendo na imprensa por ser uma pessoa famosa”, declarou Márcia. “Acredito que as mulheres têm que registrar ocorrências, têm que procurar a delegacia da mulher, ou qualquer outra, sempre que sejam vítimas tanto de violência física, quanto psicológica”.
Segundo Márcia, Ana afirmou que o casal discutiu até o momento em que ela estava sendo pressionada contra a parede e impedida de procurar ajuda. Ana conseguiu se afastar do marido e se trancar em outro cômodo, onde ligou para a polícia. Márcia confirmou que a apresentadora não pediu medida protetiva contra o marido.
A policial também detalhou os próximos passos da investigação. Corrêa será intimado para depor sobre a queixa da esposa, visto que quando a polícia chegou no local no último sábado, ele já não estava mais em casa. Os funcionários do casal, que estavam na casa, mas não presenciaram a briga, também serão ouvidos.
No última domingo, a assessoria da vítma disse, em nota, que “após um desentendimento entre Alexandre Correa e Ana Hickmann no último sábado, a Polícia Militar foi acionada e a apresentadora foi conduzida até o Distrito Policial para esclarecimento dos fatos”. Ana Hickmann também passou por um exame de corpo de delito e o resultado sairá em até 20 dias, segundo a delegada do caso.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES
Segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro, no ano passado, 245.713 mulheres registraram boletim de ocorrência para agressões ocorridas no ambiente doméstico ou dele decorrente.
Isso significa dizer que, diariamente, 673 mulheres se deslocaram até uma delegacia de polícia para denunciar um episódio de violência doméstica. De acordo com o anuário, houve crescimento de 2,9% em relação aos registros de 2021.
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