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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

Dispensa de funcionários antes de Bolsonaro chegar na Embaixada gerou desconfiança

Procedimento incomum não foi justificado pelos embaixadores húngaros
26/03/2024 | 06h44

Por Karla Gamba

A dispensa de funcionários da Embaixada da Hungria, antes do ex-presidente Jair Bolsonaro chegar ao local, gerou desconfiança e foi o que levantou a possibilidade de que algo havia acontecido. O procedimento de dispensa não é comum e, segundo fontes da embaixada, os diplomatas húngaros não deram nenhuma justificativa.

O caso foi revelado pelo The New York Times e confirmado pela coluna, que também recebeu, na tarde desta segunda-feira (25), a íntegra dos vídeos do período que Bolsonaro esteve na embaixada.

O ex-presidente passou dois dias no local, chegando na noite do dia 12 de fevereiro e saindo no final da tarde de 14 de fevereiro. A sede da embaixada em Brasília fica bem próximo do condomínio que Bolsonaro mora.

Quatro dias antes, ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal e teve seu passaporte retido no âmbito das investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, o premier da Hungria, Viktor Orbán, manifestou apoio ao ex-presidente, se referindo a ele como um “patriota honesto” que deveria continuar lutando.

Se fosse alvo de um mandado de prisão ou de busca e apreensão enquanto estava na embaixada, as autoridades policiais brasileiras não poderiam entrar no local para cumprir a operação sem autorização do embaixador.

Por meio de sua defesa, Jair alegou que ficou hospedado lá para “manter contatos com autoridades do país amigo”.

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