Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de sexta-feira (17), com os agentes se preparando para a posse do presidente eleito dos EUA de extrema direita, o republicano Donald Trump, na próxima segunda-feira (20). Para hoje, também se preparam para alguns indicadores que dão a temperatura do setor imobiliário norte-americano e a produção industrial de dezembro.
A expectativa dos agentes ao redor do mundo está em torno do possível anúncio de Trump de medidas na esfera econômica, como a famigerada imposição de tarifas significativas tanto para aliados quanto para adversários.
Por lá, a semana foi marcada por dados inflacionários em queda, que reacenderam as apostas em cortes adicionais nas taxas de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) este ano.
Por aqui, a agenda desta sexta-feira traz as divulgações do IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) de janeiro, indicador que mede a variação de preços em diversos setores da economia.
O FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) também divulgará o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) referente a novembro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista ao vivo à CNN às 15h.
Brasil
Depois da alta parruda da quarta-feira (15), a Bolsa brasileira viveu um dia de ajustes, nesta quinta-feira (16). O Ibovespa fechou o dia com baixa de 1,15%, aos 121.234,14 pontos, uma perda de 1.416,06 pontos, em um dia de ajustes e com muitos movimentações no campo corporativo.
Entre os destaques da Bolsa brasileira, a Azul e a Gol iniciaram o dia com fortes altas, após o anúncio da assinatura de um memorando entre as duas companhias aéreas para possível fusão no futuro. Contudo, o negócio precisa passar pelo escrutínio do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
As ações das duas começaram o dia com ganhos de mais de 10%, mas acabaram com altas de 3,63% para a Azul e de 4,29% para a Gol.
Por sua vez, o dólar comercial acabou com alta de 0,48%, a R$ 6,05, depois de ficar abaixo de R$ 6 na mínima do dia.
Europa
As bolsas europeias operam em trajetória positiva, enquanto os investidores aguardam mais dados econômicos, como os números da balança comercial da Espanha.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,84%
DAX (Alemanha): +0,38%
CAC 40 (França): +0,67%
FTSE MIB (Itália): +0,57%
STOXX 600: +0,41%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York avançam nesta sexta-feira, com os investidores aguardando dados do setor imobiliário e mais balanços de bancos, como o State Street, Citizens Financial, Truist Financial e Regions Financial.
Dow Jones Futuro: +0,18%
S&P 500 Futuro: +0,15%
Nasdaq Futuro: +0,14%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos, após PIB do quarto trimestre da China superar as estimativas. A economia chinesa cresceu 5% em 2024 , com alta no último trimestre do ano. O PIB do quarto trimestre do país superou as expectativas com um crescimento de 5,4%.
Já as vendas no varejo da China em dezembro saltaram 3,7% em relação ao ano anterior, superando a previsão de analistas ouvidos pela Reuters de alta de 3,5%. A produção industrial expandiu 6,2% em relação ao ano anterior, ante expectativas de 5,4%.
No campo corporativo, as ações da construtora estatal chinesa China Vanke caíram mais de 8% na sexta-feira, após notícias de que seu CEO, Zhu Jiusheng, havia sido detido pela polícia.
Shanghai SE (China), +0,18%
Nikkei (Japão): -0,31%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,31%
Kospi (Coreia do Sul): -0,16%
ASX 200 (Austrália): -0,20%
Petróleo
Os preços do petróleo caminham para o quarto ganho semanal consecutivo antes do segundo mandato do presidente eleito Donald Trump, com os traders buscando clareza sobre sanções de longo alcance e políticas comerciais.
Petróleo WTI, +0,66%, a US$ 79,20 o barril
Petróleo Brent, +0,50%, a US$ 81,70 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados das licenças de construção, construção de novas casas e produção industrial, todos de dezembro.
Por aqui, no Brasil, o Banco Mundial projeta que o Brasil crescerá 2,2% em 2025, enquanto o PIB de 2024 deve fechar em 3,2%. Para 2026, a estimativa é de 2,3%. Apesar da recuperação esperada na América Latina, políticas monetárias restritivas e baixo apoio fiscal devem limitar o crescimento brasileiro. A economia global deve manter crescimento de 2,7% até 2026, enquanto países em desenvolvimento crescerão cerca de 4%, taxa considerada insuficiente para reduzir a pobreza. O relatório alerta para desafios como altos níveis de dívida, baixo investimento e custos das mudanças climáticas.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
Deixe um comentário