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Após inflação dos EUA, Ibovespa dispara 2,81%; dólar cai e se aproxima dos R$ 6

É a maior alta do IBOV em um só dia desde 5 de maio de 2023 (+2,91%)
15/01/2025 | 18h50
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Enquanto o governo brasileiro revogou a Instrução Normativa da Receita Federal, em resposta à máquina de mentiras da extrema direita sobre o Pix, os negócios da Bolsa de Valores foram apoiados principalmente por Wall Street.

Por lá, os indicadores também registraram ganhos consideráveis após a divulgação de dados de inflação melhores que o esperado e balanços corporativos de bancos.

No embalo, o Ibovespa acabou fechando o pregão desta quarta-feira (15) com alta parruda de 2,81%, aos 122.650,20 pontos, ganho de 3.351,53 pontos. É a maior alta em um só dia desde 5 de maio de 2023 (+2,91%). Apenas dois ativos caíram hoje.

O índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,4% em dezembro, já com ajustes sazonais, conforme o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na sigla em inglês). O ritmo de alta do indicador, portanto, acelerou ligeiramente em relação ao mês anterior, quando avançou 0,3%, e veio acima das apostas dos analistas, que esperavam aumento de 0,3%. Ao longo de 2024, a inflação acumulada foi de 2,9%.

Porém, o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou após quatro meses de alta, com uma variação mensal de 0,2%. Ou seja, ficou em linha com as expectativas de analistas e abaixo do 0,3% de novembro. Como esses preços são aqueles mais sensíveis à política de juros, isso indica que o ciclo de cortes nas taxas de juros pode eventualmente ser mais profundo sem devolver fôlego ao custo de vida. Em 2024, o núcleo acumulou alta de 3,2%.

Na véspera, os dados de preços a produtores (PPI, na sigla em inglês) ficaram abaixo do esperado por economistas. Ambos os índices ajudam os investidores a calibrarem qual deve ser o rumo dos juros nos Estados Unidos. Esses dados ajudam a projetar o PCE, a medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), e que será divulgado mais para o fim do mês.

Por aqui, também teve boa notícia. As contas do governo central apontaram déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro deste ano, resultado melhor que o esperado por analistas. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta. No mesmo mês de 2023, o saldo havia sido negativo em R$ 38,071 bilhões, ou seja, queda de 88,1%.

Em segundo plano, o setor de serviços recuou 0,9% em novembro de 2024, na série com ajuste sazonal, conforme divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Contudo, o movimento foi encarado como natural diante do forte avanço anterior. Ou seja, quando o mercado quer, ele sempre olha o copo mais cheio.

Na seara corporativa, caíram somente a Marfrig (MRFG3, -1,6%) e Klabin (KLBN11, -0,51%). Os pesos-pesados do IBOV subiram (Vale, bancos e Petrobras, por exemplo), ajudando o indicador a surfar.

Dólar

As boas notícias também ajudaram o dólar a cair de novo. A divisa teve baixa de 0,35%, encerrando as negociações a R$ 6,0252.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street tiveram um dia de bonança também, depois do resultado de inflação e com os resultados positivos do Citi, do Goldman Sachs, do JPMorgan, do Wells Fargo e da BlackRock, alguns com recorde.

O Dow Jones subiu 1,65%, aos 43.221,55 pontos; o S&P 500, +1,83%, aos 5.949,91 pontos; e o Nasdaq, +2,45%, com 19.511,23 pontos.

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