Analistas do mercado financeiro elevaram a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, de 2,19% para 2,24%, conforme dados publicados pelo Boletim Focus, do Banco Central, nesta manhã de segunda-feira (17). Por outro lado, os cem representantes de instituições financeiras consultados para a publicação mantiveram a projeção de inflação em 4,95% em 2023.
O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Para 2024, o mercado também elevou sua projeção de crescimento da economia, de 1,28% para 1,30%, enquanto a de 2025 avançou de 1,80% para 1,88%, e a de 2026, de 1,88% para 1,90%.
No início do mês, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que o governo Lula vai revisar o crescimento do PIB brasileiro deste ano para um patamar entre 2,5% e 3%. No mês passado, a secretaria revisou a projeção do crescimento da economia no ano para 1,9%, ante 1,6% em março.
Atualmente, a expectativa oficial do governo é de até 2,4% de crescimento do PIB no ano, de acordo com estimativa publicada em junho.
Em relação à inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o mercado reduziu a projeção para 4,95% na edição do Relatório Focus da semana passada.
Mesmo com a redução, a estimativa ainda está acima da meta de 3,25% estabelecida para 2023. Para ser considerado cumprida, precisa estar entre 1,75% e 4,75%.
Para 2024, a previsão da inflação também se manteve em 3,92% na semana. A projeção para o IPCA de 2025 caiu de 3,60% para 3,50% e a 2026 permaneceu em 3,50%.
Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou pela 11ª semana consecutiva, de 8,95% para 8,91%. A estimativa para 2024 subiu de 4,50% para 4,47% e a 2025 continuou em 4,0%. Para 2026, caiu de 3,70% para 3,53%.
Boletim Focus: projeção para a taxa básica de juros (Selic) se mantém em 12% este ano
A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) se manteve em 12,0% para este ano. Do mesmo modo, o mercado manteve as projeções para 2024 em 9,50% e a de 2025, em 9,0%. A de 2026 parou nos mesmos 8,75% da semana passada.
Em relação ao câmbio, a estimativa para o dólar em 2023 se manteve em R$ 5,00 pela quarta semana seguida, enquanto a projeção para 2024 recuou de R$ 5,06 para R$ 5,05. As projeções de 2025 e 2026 foram mantidas nos mesmos patamares da semana passada: R$ 5,15 e R$ 5,20, respectivamente.
A projeção para resultado primário em 2023 também se manteve no mesmo patamar: -1,00% do PIB. A estimativa para 2024 também continuou em -0,80% do PIB, e a de 2025 se manteve -0,50% do PIB. A estimativa para 2026 também permaneceu no mesmo nível: -0,30% do PIB.
Já para a dívida líquida do setor público, as projeções para 2023 caíram de 60,60% do PIB para 60,52%, enquanto a de 2024 continuou em 64,0% do PIB. Para 2025, a estimativa recuou de 65,85% do PIB para 65,60%, enquanto a de 2026 se manteve em 67,45% do PIB.
Por sua vez, as projeções para a balança comercial brasileira subiram para US$ 65 bilhões este ano, ante os US$ 64,0 projetados na semana passada. A estimativa para 2024 subiu de um saldo positivo de US$ 57,85 bilhões para US$ 60 bilhões, enquanto as de 2025 cresceram de US$ 55,0 bilhões para US$ 59,59 bilhões. A estimativa da balança para 2026 caiu de US$ 54,40 bilhões para US$ 53,90 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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