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Após semanas seguidas de alta, o mercado financeiro decidiu pisar no freio em relação às projeções de inflação para este ano. A mediana dos analistas consultados para o Boletim Focus do Banco Central reduziu levemente a estimativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2024. Por outro lado, deu uma guinada no indicador para o ano que vem. Os dados foram divulgados nesta manhã de segunda-feira (25) pelo BC.

Conforme o Boletim Focus, as projeções para a inflação ficaram assim:

  • 2024: reduziu de 4,64% para 4,63%.
  • 2025: a estimativa de inflação deu uma forte guinada para cima, avançando de 4,12% para 4,34%.

Apesar da redução na projeção de inflação deste ano, o indicador continua acima do teto da meta de inflação estipulado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,50%.

Para este e para o próximo ano, a meta central de inflação estipulada pelo CMN é de 3%, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, acelerou para 0,56% em outubro, subindo 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,44%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,49%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial (4,74%), e no grupo Alimentação e bebidas (1,06%), impulsionado pelo aumento das carnes (5,81%). No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Caso a meta de inflação não seja atingida, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos de não ter cumprido a meta perseguida, apesar do patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em 11,25%.

A Selic é o instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Uma taxa alta supostamente tem efeito de contrair o consumo, além de crédito, investimentos e o custo da dívida pública.

Veja outras previsões do Boletim Focus

PIB (Produto Interno Bruto):

  • 2024: a projeção do mercado subiu de 3,10% para 3,17%.
  • 2025: avanço de 1,94% para 1,95%.

Taxa de juros (Selic):

  • 2024: a projeção do mercado permaneceu em 11,75% ao ano, o que pressupõe uma nova elevação de 0,50 p.p. na Selic na última reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que vai aconteceu em dezembro.
  • 2025: a mediana do mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano.

Dólar:

  • 2024: subiu de R$ 5,60 para R$ 5,70.
  • 2025: avançou de R$ 5,50 para R$ 5,55.

Balança comercial:

  • 2024: a projeção de superávit (resultado do total de exportações menos as importações) recuou de US$ 77 bilhões para US$ 75 bilhões.
  • 2025: a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ 76,7 bilhões para US$ 76,3 bilhões.

Investimento estrangeiro:

  • 2024: a previsão para o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 71,5 bilhões para US$ 71,6 bilhões.
  • 2025: a estimativa permaneceu em US$ 73,6 bilhões.

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