O BTG Pactual demitiu na semana passada um integrante que tinha cargo de diretor jurídico associado depois de descobrir que ele não tinha formação como advogado. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e pelo site BP Money.
Leoncio Perez foi cobrado por não ter registro na OAB e por isso o banco descobriu que ele nem mesmo concluiu o curso de direito na PUC-SP
A história já circulava há dois dias nas redes sociais sem o nome do envolvido, finalmente publicado ontem pelo jornal.
Leoncio estava crescendo na carreira, segundo informa o colunista, já que havia ascendido do nível 6 (mais júnior da escala) para o nível 5 recentemente.
De acordo com o site BP Money, tudo começou quando um advogado subordinado a Leoncio afirmou que não responderia a “uma pessoa que não era nem advogado de verdade”. Com isso, o RH optou por investigar aquela acusação.
A equipe do RH pediu então que Leoncio enviasse seu certificado de graduação, mas estranharam o documento recebido. Segundo o BP Money, a PUC informou que ele não havia concluído o curso, o que levou à suposição de que teria falsificado o documento.
“Mike Ross” do BTG
Leoncio estudou na PUC-SP, já que seu nome aparece em uma lista de inscritos da universidade para o Exame Nacional de Desempenho dos Estudante (Enade) em 2015, aplicado a ingressantes e concluintes. Ele tinha acabado de passar no vestibular.
Nas redes sociais há muitas menções à semelhança do caso com a história do personagem Mike Ross, da série “Suits”, que, sem licença para exercer a profissão, finge ser formado em Harvard e, dessa forma, ingressa em um dos principais escritórios de Nova York.
Procurada pelo colunista e pelo site, a PUC-SP disse que “não vai comentar o caso em referência em face da Política de Segurança da Informação da Universidade e sua Mantenedora”.
O BTG também disse ao jornalista que não vai comentar e Leoncio não deu retorno aos pedidos de posicionamento.
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