O dólar renovou a alta histórica nesta sexta-feira (6), fechando a R$ 6,07, variando 1,13% no dia. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,09. Só este ano, o ganho foi de 25,12%. Na quinta-feira (5), a moeda norte-americana caiu 0,6%, cotada a R$ 6,01.
Já a Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, caiu 1,50%, aos 125.945,67 Na quinta, o índice encerrou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos. No ano, a queda acumulada é de 4,72%.
O mercado financeiro mundial nesta sexta se volta aos novos dados de emprego nos EUA. Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a economia do país acelerou com a criação de novas vagas de emprego em novembro, depois de furacões e de greves registradas no país.
No entanto, o mercado de trabalho continua a enfraquecer de forma constante, permitindo que o Federal Reserve corte a taxa de juros novamente este mês. Em novembro, a taxa de desemprego nos EUA subiu para 4,2%, e a média de ganhos por hora aumentou 0,4%, o segundo crescimento sucessivo. Nos 12 meses até novembro, os salários avançaram 4%, mantendo o ritmo de outubro.
Outro destaque é o acordo Mercosul-UE anunciado na manhã desta sexta, que vida fortalecer a relação entre os países dos dois blocos. A assinatura do acordo só acontece depois que os textos passarem por uma revisão jurídica e de serem traduzidos para os idiomas oficiais dos países envolvidos. O anúncio significa que as negociações entre os dois blocos estão encerradas.
No cenário doméstico, os investidores operaram mais avessos ao risco com a percepção de que o pacote de gastos, apresentado pelo governo na semana passada, pode ser desidratado no Congresso Nacional.
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