Como esperado pelo mercado financeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (01), reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano. Este foi o terceiro corte seguido na taxa básica de juros no mesmo patamar. A decisão foi unânime.
A trajetória de queda da taxa Selic começou em agosto, quando estava em 13,75% ao ano. No comunicado emitido após a reunião, o colegiado sinalizou que poderá cortar novamente a Selic neste mesmo patamar na reunião que acontece nos dias 12 e 13 de dezembro.
“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz trecho do comunicado.
Com o corte de hoje, a Selic chega ao menor nível desde o início de maio de 2022, quando estava em 11,75% ao ano.
A previsão do mercado financeiro, conforme Boletim Focus do BC, divulgado na segunda-feira passada (30), é que a Selic termine o ano no patamar de 11,75% ao ano.
Antes da decisão do Copom, o Fed (Federal Reserve) manteve as taxas de juros dos Estados Unidos inalteradas pela segunda vez consecutiva. Em entrevista coletiva após a divulgação, o presidente da autoridade monetária norte-americana, Jerome Powell, indicou que o ritmo do aperto monetário pode estar próximo do fim.
Após a divulgação do Fed e antes do Copom, o Ibovespa encerrou o primeiro pregão do mês em alta de 1,69%, aos 115.052 pontos.
Em comunicado, Copom reforça a importância de se perseguir metas fiscais
Em meio à celeuma envolvendo a meta de zerar o déficit fiscal em 2024, provocada por declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que dificilmente o governo vai conseguir atingi-la no ano que vem, o comitê defendeu a importância de perseguir as metas fiscais já estabelecidas em seu comunicado.
“Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”,diz.
Para atingir o déficit zero o governo calcula ser necessário elevar a arrecadação em R$ 168 bilhões no ano que vem.
O déficit zero, que é atingido quando as contas públicas estão equilibradas, está previsto no arcabouço fiscal, regra fiscal aprovada neste ano para o controle de despesas do governo.
A meta também está prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), e no projeto de Orçamento (PLOA) para 2024. As propostas estão em tramitação no Congresso Nacional.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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