ICL Notícias
Economia

Haddad: ajuste fiscal deve vir atrelado a crescimento econômico

O ministro da Fazenda afirmou que o governo atingiu, em 2024, um recorde de investimento em infraestrutura
24/02/2025 | 16h39
ouça este conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou nesta segunda (24) que “não existe um ajuste fiscal possível” caso a economia do Brasil não cresça. Para ele, o equilíbrio das contas públicas deve vir atrelado a investimentos e crescimento econômico.

“O arcabouço fiscal aprovado prevê um piso de investimento público. Acredito ser a primeira lei federal a estabelecer esse piso, justamente para recuperar a ideia de que, se o Brasil não crescer, não existe ajuste fiscal possível”, disse.

Haddad lembrou que o teto de gastos não foi suficiente para frear o déficit e que, além disso, o país teve dificuldades de crescimento ao longo de dez anos.

“Como você consegue explicar essa situação? É justamente pelo fato de, quando o gestor fixa uma meta que só é factível com uma dinâmica de crescimento, e ele não promove o crescimento, não adianta a boa intenção de quem quer que seja.”

Para o ministro, caso o governo seja perseverante no cumprimento do arcabouço, o resultado será um cenário de “resultados primários cada vez melhores ao longo do tempo”. “E, com crescimento, isso vai abrindo espaço para mais investimento.”

As declarações de Haddad foram feitas durante o P3C 2025, evento realizado em São Paulo com foco em parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.

Haddad diz que Brasil teve recorde de investimento em infraestrutura em 2024

O ministro da Fazenda afirmou que o governo atingiu, em 2024, um recorde de investimento em infraestrutura “não por uma coincidência”, mas “fruto de um trabalho que liberou recursos para investimento dentro de uma arquitetura sóbria, que permitiu o Brasil crescer quase 7% em dois anos.”

Durante o evento, Haddad também afirmou que está prestes a fechar um texto de projeto de lei com o Congresso que irá modernizar a legislação sobre concessões e parcerias público-privadas (PPPs), introduzindo “reparos” para fornecer mais segurança jurídica aos contratos.

 

 

Relacionados

Carregar Comentários

Mais Lidas

Assine nosso boletim econômico
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.