Em entrevista exclusiva concedida ao ICL Notícias 1ª edição, nesta manhã de sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo pretende fazer planos safras “cada vez mais robustos” para ajudar na produção de alimentos e, consequentemente, combater a inflação que mais pesa no bolso do brasileiro mais pobre.
“A primeira providência [para combater a inflação de alimentos] que estamos tomando é fazer planos safras cada vez mais robustos, maiores e melhores. Neste terceiro ano do governo Lula, estamos preparando o terceiro Plano Safra. Batemos dois recordes em 2023 e 2024. Queremos fazer o mesmo em 2025. Assim que Orçamento [de 2025] for aprovado, faremos isso”, disse o ministro, que foi entrevistado pelo Diretor de Jornalismo do ICL, Leandro Demori, e pela economista e apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna.
“Queremos que o Brasil amplie sua produção, sem desmatamento. Acabei de voltar de uma viagem ao Oriente Médio, visitei vários países, as pessoas celebram o trabalho da Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima], as pessoas celebram o trabalho da Agricultura, com pastagens recuperadas… Provavelmente teremos a maior safra e continuaremos exportando alimentos”, completou.
O Plano Safra é um programa de crédito que oferta dinheiro e cobra juros. Sendo assim, o custo muda quando a taxa de juros do país sobe, como aconteceu em janeiro e nos meses anteriores. Daí a importância de baixar a Selic no Brasil.
Haddad deve acionar o TCU
O ministro da Fazenda deve acionar o TCU (Tribunal de Contas da União) na próxima semana em busca de um aval para manter os pagamentos do Plano Safra 2024/ 2025 — maior programa de crédito rural do país, que inclui linhas para pequenos, médios e grandes produtores.
As linhas de crédito para produtores maiores foram suspensas na quinta-feira (20). As linhas para a agricultura familiar, segundo o governo, seguem ativas.
Isso porque governo e Congresso ainda não chegaram a um acordo para aprovar o Orçamento de 2025 — e com isso, o Executivo só pode gastar, por mês, o equivalente a 1/12 do previsto para o ano inteiro na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
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