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O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), mostrou avanço de 1,1% no terceiro trimestre do ano, encerrado em setembro. Foi o quarto resultado seguido no positivo. A informação foi divulgada nesta manhã (14) pelo BC.

O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os segundo trimestre de 2024.

Somente no mês de setembro, o indicador apontou avanço de 0,8%, mostrando que a atividade econômica nacional ganhou força naquele mês. Em agosto, o indicador mostrou avanço de 0,2%. As previsões sinalizavam para uma alta de 0,5% do indicador em setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o salto foi 5,1%.

No segundo trimestre, o IBC-BR teve uma expansão um pouco maior, de 1,2%. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%).

O avanço do IBC-Br acontece ao mesmo tempo que uma série de indicadores da atividade econômica tem surpreendido positivamente.

Em setembro, as vendas no varejo no Brasil variaram positivamente 0,5% na comparação com o mês anterior, quando tiveram variação negativa de 0,2%. Em 2024, o varejo acumula alta de 4,8%.

O setor de serviços, por sua vez, cresceu 1,0% em setembro de 2024. Com isso, o segmento renova o ponto mais alto de sua série, superando em 0,6% o antigo patamar mais elevado (julho de 2024). Além disso, o volume total de serviços está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020.

IBC-Br acumula alta de 3,3% de janeiro a setembro de 2024

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a alta sinalizada no trimestre encerrado em setembro deste ano foi de 4,7%.

No acumulado do ano (janeiro a setembro), o avanço é de 3,3%. Em 12 meses, crescimento sinalizado pela prévia do PIB é de 3%.

O último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central mostra que o mercado financeiro elevou para 3,10% o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano. Há três meses atrás, a estimativa era de uma alta menor, de 2,7%.

Porém, o PIB, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o IBC-Br tem metodologias diferentes.

O Banco Central avaliou, por meio da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sinaliza que a “atividade econômica e o mercado de trabalho domésticos seguem dinâmicos”.

Em junho, o BC estimou uma expansão de 2,3% para a economia neste ano, e, em setembro, elevou a estimativa para um crescimento de 3,2%.

O cenário de atividade aquecida, com o mercado de trabalho apresentando bom desempenho, acontece apesar do Banco Central ter iniciado o processo de alta de juros, com duas elevações seguidas.

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 11,25% ao ano, a terceira maior do mundo em termos reais. O BC calibra a taxa de juros para atingir a meta de inflação dos próximos anos, que é de 3%, com teto de 4,5% e piso de 1,5%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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