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Economia

Ibovespa cai 0,34%, aos 125 mil pontos; dólar fecha a R$ 6,06 com ameaça de Trump

A alta da moeda norte-americana nesta segunda-feira (2) foi de 1,13%
02/12/2024 | 18h59

O movimento especulativo em cima do dólar não dá trégua. A moeda norte-americana entrou dezembro atingindo novo recorde nominal. A alta desta segunda-feira (2) foi de 1,13% e a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 6,066. Na última sexta-feira (29), o dólar atingiu pela primeira vez na história a marca dos R$ 6. Enquanto isso, o Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.235 pontos.

Se na semana passada o gatilho para especular foi o anúncio do pacote de corte de gastos do governo, desta vez o foco foi a ameaça feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar em 100% os produtos de países do Brics, caso o bloco econômico crie mesmo uma moeda alternativa ao dólar para negociações comerciais.

O Brics é originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2023, teve a adesão de Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.

Em relação à Bolsa brasileira, o principal indicador passou a manhã e o começo da tarde com perdas mais amplas. A melhora no ânimo veio após as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Gabriel Galípolo, próximo presidente do BC, em evento promovido pela XP Investimentos em São Paulo.

O economista abordou ao menos três pontos trouxeram alívio aos agentes: reafirmou a importância do regime de câmbio flutuante como um dos alicerces da economia brasileira; que a Selic deve permanecer mais alta por algum tempo ainda; e que o BC só vai atuar no câmbio em caso de disfuncionalidade.

Em outra frente, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, liberou, com ressalvas, as emendas parlamentares.

Ainda sobre o pacote fiscal, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse hoje, também no evento da XP, que a forma como o pacote fiscal foi discutido, fechado e anunciado pelo governo assegurou unidade em torno das medidas e evidenciou a força do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e da equipe econômica. “O ministro Haddad e a nossa equipe da Fazenda nunca estiveram tão fortes”, frisou.

Juros futuros

Os juros futuros (DIs) até chegaram a virar com as falas de Galípolo, mas voltaram a subir por toda a curva, com alguns vértices já passando dos 14%.

Mercado externo

Os ativos de Wall Street fecharam mistos. O S&P 500 e o Nasdaq renovaram as máximas históricas durante a sessão.

O Dow Jones caiu -0,28%, aos 44.782,21 pontos; o S&P 500, +0,24%, aos 6.047,15 pontos; e o Nasdaq, +0,97%, aos 19.403,95 pontos.

 

 

 

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