O Ibovespa emplacou a segunda queda consecutiva, nesta quinta-feira (23), com baixa de 0,40%, aos 122.483,32 pontos, perda de 488,45 pontos. Mais uma vez, o dólar foi no caminho inverso, com queda de 0,35%, cotado a R$ 5,92. Na mínima intradia, a divisa norte-americana chegou a cair expressivos 1,21%, a R$ 5,88.
Sobre o dólar, a economista e apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna, fez uma análise sobre a queda da moeda norte-americana nos últimos dias e, especialmente, na véspera. Clique aqui para ler.
Assim como tem ocorrido desde a posse de Donald Trump, na segunda-feira (20), os mercados têm repercutido as falas e recuos do presidente dos Estados Unidos, principalmente no que se refere às medidas tarifárias que podem afetar países.
Tanto que, em Wall Street, os indicadores bombaram em mais um dia, nesta quinta-feira, incluindo recorde histórico do S&P 500. Isso ajudou a segurar o IBOV a não cair tanto.
Por aqui, a Vale (VALE3), um dos pesos-pesados do Ibovespa, recuou 0,65%, mesmo com o minério encerrando o dia com alta. Trump ainda não tomou uma decisão final sobre tarifas contra a China desde que assumiu o cargo, o que alimenta as incertezas.
Já a Petrobras (PETR4), outro peso-pesado do IBOV, fechou o dia com baixa de 0,70%, sofrendo com a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, depois das declarações do presidente dos Estados Unidos no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O republicano apontou para a necessidade de uma queda nos preços, visando controle da inflação americana, além de objetivos geopolíticos.
No cenário doméstico, a notícia de que o governo avalia um possível programa para fornecer alimentos com custo reduzido por meio de uma rede popular de abastecimento desceu mal no mercado sobre um possível controle de preços. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a iniciativa de subsídios para baixar os preços dos alimentos tratava-se de “boataria”.
Mercado externo
A quinta-feira foi um dia de recordes dos indicadores de Nova York. Os agentes continuaram repercutindo os balanços corporativos, mas também acompanharam com atenção o discurso de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial na Suíça. O republicano disse que a imposição de tarifas no comércio exterior “levará bilhões, e até trilhões, de dólares ao Tesouro” do país.
Também afirmou que pedirá à Arábia Saudita e à Opep (Organização dos Países Exportadores e Petróleo) a redução dos preços do petróleo. “Se o preço caísse, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia terminaria imediatamente”, afirmou Trump, que participou do evento de forma virtual. “Neste momento, o preço está alto o suficiente para que a guerra continue — é preciso baixar o preço do petróleo”, pontuou.
O S&P 500 subiu 0,53%, aos 6.118,71 pontos, o maior nível de fechamento da história; o Dow Jones, +0,92%, aos 44.565,07 pontos; e o Nasdaq, +0,22%, aos 20.053,68 pontos.
Relacionados
Supersalários, a próxima batalha do governo
A espantosa resiliência dos supersalários parece impossível de ser vencida
SUCESSO: Mapa da Mina 2025, com Eduardo Moreira, foi visto por mais de 150 mil pessoas
Na explanação, Edu revelou as expectativas e explicou o caos do mercado em 2025
Demanda por mão de obra continua aquecida na construção civil
Custos do setor cresceram 6,54% em 2024