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Ibovespa encerra estável no último pregão do ano, mas perde 10% em 2024

O dólar à vista fechou o dia com baixa de 0,22%, aos R$ 6,179. No ano, a divisa acumula ganho de 27%
30/12/2024 | 19h11

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (30) praticamente estável. Nesta que foi a última sessão de 2024, o principal indicador da Bolsa brasileira subiu apenas 0,01%, aos 120.283,40 pontos. Mas, no ano, o IBOV acumula queda de 10,36%, um cenário muito diferente de 2023, quando a Bolsa brasileira, embalada pelo cenário externo e pela otimismo com a economia brasileira, bombou. Foi o pior desempenho do índice desde 2021, quando recuou quase 12%.

Ironicamente, no último pregão do ano em 28 de dezembro de 2023, o Ibovespa fechou com queda de 0,01%, ou seja, também próximo da estabilidade, mas do lado negativo. No entanto, a pontuação era bem maior: 134.185,24 pontos.

Além disso, no ano passado, o índice acumulou ganhos de 22,3%, no melhor desempenho anual desde 2019.

Agora, o principal indicador da Bolsa brasileira teve o mais baixo volume médio diário de negociações em cinco anos, segundo levantamento do Valor Data. Os R$ 16,5 bilhões deste ano ficam acima apenas dos R$ 12,7 bilhões de 2019, representando queda de 8% em relação aos R$ 18 bilhões de 2023.

O cenário externo pesou muito este ano. Com os juros mais altos nos Estados Unidos, os investidores preferiram manter seus recursos lá fora. O cenário interno também influenciou, com o terrorismo feito pelo próprio mercado financeiro a respeito do aspecto fiscal do governo. E 2025 não deve ser um ano fácil, ao menos na visão de analistas.

Hoje, no último Boletim Focus do Banco Central do ano, a mediana dos analistas aponta para leve queda no fechamento da inflação deste ano, mas projeta alta para a de 2025, assim como o dólar para os dois anos e a taxa Selic para 2026.

A última sessão deste ano foi impulsionada pelos bancos. As ações do Itaú (ITUB4) subiram 0,75%; Bradesco (BBDC4), +0,43%, e Banco do Brasil (BBAS3), +0,29%. Também ajudaram a Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).

Dólar e leilões do BC

O dólar à vista fechou o dia com baixa de 0,22%, aos R$ 6,179. Mas 2024 foi um ano marcado pela desvalorização do real e a disparada da divida norte-americana.

Em 2024, o dólar acumula alta de 27,36%, maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real.

Hoje, na última sessão de negociação de 2024, o Banco Central realizou novo leilão de dólares à vista, mas acumulando uma alta anual significativa contra a divisa brasileira.

O BC vendeu US$ 1,815 bilhão em leilão à vista da moeda americana, o que fez o dólar cair para abaixo da casa dos R$ 6,20 no início da tarde desta sessão.

Com a operação de hoje, a autarquia totaliza agora 32,6 bilhões de dólares vendidos (US$ 21,6 bi à vista e US$ 11 bi com compromisso de recompra) desde que iniciou uma série de intervenções no câmbio em 12 de dezembro.

Mercado externo

Os ativos dos Estados Unidos tiveram queda, com os fracos volumes de negociação mais fracos devido à baixa liquidez geral, e a alta dos rendimentos dos Treasuries obscurecendo a força tradicional das ações no fim do ano.

O Dow Jones caiu 1,00%, enquanto o S&P 500 subiu 1,22% e o Nasdaq, + 1,46%.

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