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Ibovespa volta a cair com ameaças de Trump; dólar termina o dia com leve alta

O dólar comercial começou o dia subindo com rapidez, mas terminou a sessão com leve alta de 0,09%, a R$ 6,10
08/01/2025 | 19h06

Depois de emplacar dois dias de avanços consideráveis, o Ibovespa voltou a cair, nesta quarta-feira (8), com o cenário externo. O principal indicador da B3, a Bolsa brasileira, apontou queda de 1,27%, aos aos 119.624,51 pontos, uma perda de 1.538,15 pontos.

Depois do cavalo de pau de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, que, na véspera (7), anunciou o fim do serviço de checagem de notícias falsas e desinformação, o que aproxima a empresa do futuro governo de Donald Trump, hoje o dia também foi movimentado por falas do presidente eleito dos EUA, que toma posse no dia 20 de janeiro.

A notícia de hoje é que Trump está considerando declarar uma emergência econômica nacional para fornecer justificativa legal para uma grande quantidade de tarifas universais sobre aliados e adversários.

A declaração permitiria a ele construir um novo programa tarifário usando a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional, conhecida como “IEEPA”, que autoriza unilateralmente um presidente a gerenciar importações durante uma emergência nacional. A informação mexeu com mercados e moedas globais.

Além disso, foi divulgada a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), realizada em dezembro. Embora, por um lado, os membros do colegiado concordem que a inflação provavelmente continuará em desaceleração neste ano, por outro, veem um risco crescente de que as pressões de preços possam permanecer rígidas, levando em conta os possíveis impactos das políticas esperadas com o novo governo Trump.

As projeções divulgadas após a reunião mostraram que as autoridades preveem apenas 0,5 ponto percentual de cortes na taxa de juros este ano, em comparação com 1 ponto percentual completo em setembro.

Por aqui, o destaque do dia foi a cerimônia capitaneada pelo presidente Lula (PT), em Brasília, para reafirmar a democracia na data que marca os atos golpistas contra os três Poderes em 8 de janeiro de 2023 na capital federal.

Em segundo plano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a produção da indústria recuou 0,6% em novembro, mas acumula alta de 3,2% no ano.

No âmbito corporativo, a Vale (VALE3) chegou hoje ao sétimo pregão de baixa, com menos 0,96%, repercutindo a ampliação das perdas do minério de ferro na China. A Petrobras (PETR4) também caiu 0,81%, em dia que o petróleo recuou mundo afora. Os bancos, por sua vez, perderam em torno de 1%.

Dólar

O dólar comercial começou o dia subindo com rapidez, mas terminou a sessão com leve alta de 0,09%, a R$ 6,10, praticamente mantendo a cotação da véspera. Os juros futuros (DIs) terminaram o dia com baixa apenas na parte curta da curva.

Mercado externo

Dos ativos de Wall Street, a queda ficou por conta das ações de tecnologia. Os agentes repercutiram hoje as falas de Trump e a ata do Fomc.

O Dow Jones subiu 0,25%, aos 42.635,20 pontos; o S&P 500, +0,16%, aos 5.918,25 pontos; enquanto o Nasdaq caiu 0,06%, aos 19.478,88 pontos.

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