ICL Notícias
Economia

Índices futuros dos EUA em alta; ‘prévia’ do PIB é destaque no Brasil

Banco Central divulga nesta manhã (13) o IBC-Br, considerado uma espécie de "prévia" ou "termômetro" do PIB
13/12/2024 | 08h28

Os índices futuros dos EUA operam em alta, nesta sexta-feira (13), após o Dow Jones recuar cerca de 0,5% na véspera, na sequência mais longa de perdas desde abril (foram seis consecutivas). No Brasil, o destaque de hoje é a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) pelo Banco Central, considerado uma espécie de “prévia” ou “termômetro” do PIB (Produto Interno Bruto).

Os movimentos dos indicadores estadunidenses de ontem (12) foram influenciados por um relatório do índice de preços ao produtor de novembro (PPI, na sigla em inglês), que superou as expectativas. Os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 242.000 na semana encerrada em 7 de dezembro, acima das estimativas dos economistas, que apontavam 220.000.

Resta saber, agora, de que modo esses dados vão impactar na decisão dos juros que será anunciada pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na próxima semana.

Por aqui, no campo político, o presidente Lula (PT) deve sair da terapia intensiva nesta sexta-feira, após passar por procedimento sem intercorrências para prevenir novo sangramento na cabeça. Seu quadro é considerado “superestável”. A alta está prevista para segunda ou terça-feira da próxima semana.

Na seara de indicadores econômicos, será divulgado hoje, além do IBC-Br, o IGP-10, pela FGV (Fundação Getulio Vargas), que mede a inflação em diferentes setores da economia no período de um mês.

Brasil

A quinta-feira (12) foi um dia muito ruim para o Ibovespa. Enquanto anteontem (11) os abutres da Faria Lima atribuíam a alta do Ibovespa e a queda do dólar ao segundo procedimento cirúrgico do presidente Lula (PT), ontem, os negócios pagaram o preço da alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que passou de 11,25% para 12,25% ao ano, anunciada na véspera pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

O IBOV caiu 2,74%, fechando em 126.039,91 pontos, uma baixa de 3.553,40 pontos, a queda mais forte desde os 3,02% aferidos em 2 de janeiro de 2023, o primeiro pregão do novo governo Lula.

O dólar voltou a subir ontem, ultrapassando a barreira dos R$ 6.

Europa

As bolsas europeias operam mistas, com os investidores à espera de dados da produção industrial da zona do euro. O BCE (Banco Central Europeu) anunciou ontem corte de 25 pontos-base nos juros, como esperado. A autoridade monetária da zona do euro indicou ainda que pode fazer mais cortes em suas próximas reuniões. O Banco Nacional Suíço, por sua vez, fez um corte de 50 pontos-base, mais do que o previsto.

Hoje saem dados da inflação na França e os dados trimestrais do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,20%
DAX (Alemanha): +0,45%
CAC 40 (França): +0,08%
FTSE MIB (Itália): +0,19%
STOXX 600: -0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros operam em alta hoje, após a baixa generalizada da véspera, após o resultado da inflação ao produtor, que jogou dúvidas sobre a postura que o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) na reunião da próxima semana.

Mas um terceiro corte consecutivo na taxa de juros pelo banco central dos EUA é amplamente esperado na próxima semana, embora a dose do corte seja a dúvida.

Dow Jones Futuro: +0,17%
S&P 500 Futuro: +0,24%
Nasdaq Futuro: +0,47%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com as ações na China e em Hong Kong liderando os declínios da região, depois da Conferência Central de Trabalho Econômico da China ter terminado sem apresentar detalhes concretos sobre estímulos fiscais.

No entanto, a promessa de reduzir as taxas de política monetária, assim como as taxas de reserva dos bancos, levou os rendimentos dos títulos do governo chinês de 10 anos a caírem abaixo de 1,8% pela primeira vez na história.

Shanghai SE (China), -2,01%

Nikkei (Japão): 0,00%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,09%

Kospi (Coreia do Sul): +0,50%

ASX 200 (Austrália): -0,41%

Petróleo

Os preços do petróleo caminhavam para um avanço semanal, já que a perspectiva de sanções mais rígidas dos EUA contra o Irã e a Rússia contrariava as preocupações persistentes em torno de um excesso global considerável no ano que vem.

Petróleo WTI, +0,21%, a US$ 70,17 o barril
Petróleo Brent, +0,16%, a US$ 73,53 o barril

Agenda

Hoje saem dados da inflação na França e os dados trimestrais do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido.

Por aqui, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou as conquistas econômicas do governo em reunião do CDESS nesta quinta-feira (12). Em discurso breve, de pouco mais de três minutos, ele enfatizou a necessidade de conter gastos para garantir crescimento econômico sustentável e com baixa inflação. Haddad ressaltou que, desde 2010, houve uma redução na receita primária do PIB enquanto as despesas continuam a crescer. O ministro também destacou o esforço concentrado do Congresso para votar a regulamentação da reforma tributária, que poderá ser sancionada ainda neste ano por Lula. Além disso, ele defendeu a aprovação das medidas de contenção de gastos propostas pelo governo.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail