Os índices futuros dos Estados Unidos começam a quarta-feira (5) em trajetória negativa, após a Alphabet, controladora do Google, ter divulgado uma receita abaixo do esperado. As ações da dona do Google caíram 7,6% após o expediente, eliminando US$ 192 bilhões de seu valor de mercado. Por aqui, os destaques da agenda são os dados da produção industrial, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e entrevistas do presidente Lula (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No âmbito macroeconômico, depois de os dados do relatório Jolts mostrarem na véspera números mais fracos do mercado de trabalho, hoje sai o relatório ADP, que traz dados de emprego no setor privado.
Na tarde de ontem, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que as vagas de emprego em aberto — uma medida da demanda por mão de obra — diminuíram em 556.000, para 7,6 milhões no último dia de dezembro, abaixo das projeções.
Além disso, os agentes acompanham os desdobramentos das políticas anunciadas pelo presidente Donald Trump até o momento. A bola da vez, agora, é a fala do republicano de que o país vai “assumir” a Faixa de Gaza e que os palestinos “adorariam” deixar o local. Ele se reuniu na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
No Brasil, o presidente Lula (PT) concede entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, na residência oficial da Granja do Torto. Às 10h, ele participa de uma reunião com bancos públicos no Palácio do Planalto.
Ao meio-dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontra-se com o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados. Às 16h, tem reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. No fim da tarde, ele concede entrevista à jornalista Miriam Leitão, que será exibida às 23h30 de hoje na GloboNews.
Na seara de indicadores, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga o Indicador Antecedente de Emprego e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Produção Industrial. Também saem o PMI de serviços, o fluxo cambial e o Índice Commodities Brasil (IC-Br).
Brasil
O Ibovespa fechou pelo segundo dia seguido com queda, na terça-feira (4), fechando com menos 0,65%, aos 125.147,42 pontos. Desta vez, o puxão veio de um dos pesos-pesados do indicador, a Petrobras (PETR4;PETR3). O tombo só não foi mais duro porque o exterior, mais positivo, ajudou.
A petroleira foi a companhia com as ações mais negociadas no pregão da véspera, em reação ao relatório de produção e vendas no quarto trimestre de 2024, considerado uma prévia do balanço.
Mas o destaque do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano. O documento reitera o comunicado divulgado com a decisão, ou seja, a se manter o cenário doméstico de desancoragem da inflação, o colegiado pode subir a taxa em mais 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
Já o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,7724, com queda de 1,75%, na maior sequência de perdas da moeda desde a criação do real, em 1994.
Europa
As bolsas europeias operam no vermelho, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, continua ameaçando sobretaxar produtos da União Europeia. Em outra frente, os agentes seguem acompanhando a divulgação de balanços corporativos.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%
DAX (Alemanha): -0,37%
CAC 40 (França): -0,12%
FTSE MIB (Itália): -0,49%
STOXX 600: +0,03%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam hoje, depois do resultado abaixo do esperado da Alphabet, dona do Google. Também são aguardados para hoje os dados do relatório de empregos do setor privado ADP, falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), além de mais balanços corporativos.
Dow Jones Futuro: -0,12%
S&P 500 Futuro: -0,39%
Nasdaq Futuro: -0,63%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa, exceto o da China, que voltou do feriado de Ano Novo Lunar, e o de Hong Kong, que também fechou em queda.
As ações de tecnologia asiáticas acompanharam a alta de seus pares nos Estados Unidos, enquanto os investidores permaneceram cautelosos com a China, que anunciou retaliação aos EUA, após o presidente Donald Trump anunciar tarifas de 10% sobre todas as importações do país.
Shanghai SE (China), -0,65%
Nikkei (Japão): +0,09%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,93%
Kospi (Coreia do Sul): +1,11%
ASX 200 (Austrália): +0,51%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, já que as preocupações de que a guerra comercial prejudicaria o crescimento global superaram o anúncio de sanções reforçadas ao Irã.
Petróleo WTI, -0,28%, a US$ 72,50 o barril
Petróleo Brent, -0,39%, a US$ 75,90 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem a pesquisa ADP do setor privado, a balança comercial, o Índice PMI composto e o ISM de serviços.
Por aqui, no Brasil, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o preço dos alimentos tende a baixar, devido a uma “super safra” prestes a ser entregue e aos dois Planos Safras já lançados pelo governo federal. As declarações ocorreram em conversa com jornalistas após um encontro com a bancada do seu partido, o PSD, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4).
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
Relacionados
Lula diz ter certeza que Marina não será contra explorar petróleo na Foz do Amazonas
Ministra diz que só a análise técnica do Ibama pode determinar se plano é sustentável
Margem Equatorial: Lula diz que Ibama faz ‘lenga-lenga’ e parece atuar contra o governo
Presidente defendeu exploração na bacia da foz do Rio Amazonas desde que haja pesquisa; Servidores criticam declarações
Lula defende que Ibama autorize explorar petróleo na Foz do Amazonas
Região tem grande potencial de conter reservatórios