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Ibovespa cai 0,65% com Petrobras; dólar vai a R$ 5,77 na 12ª queda consecutiva

A moeda norte-americana teve a maior sequência de perdas desde a criação do real
04/02/2025 | 18h57

O Ibovespa fechou pelo segundo dia seguido com queda, nesta terça-feira (4), fechando com menos 0,65%, aos 125.147,42 pontos. Desta vez, o puxão veio de um dos pesos-pesados do indicador, a Petrobras (PETR4;PETR3). O tombo só não foi mais duro porque o exterior, mais positivo hoje, ajudou.

A petroleira foi a companhia com as ações mais negociadas no pregão de hoje, em reação ao relatório de produção e vendas no quarto trimestre de 2024, considerado uma prévia do balanço.

A produção total própria de óleo e gás natural no período alcançou 2.628 milhões barris por dia, queda de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Também houve queda de 3,4% em relação ao terceiro trimestre.

Por sua vez, as vendas totais de petróleo, gás e combustíveis fecharam 2024 em 2,914 milhões de barris ao dia, queda de 3,1% ante o volume de 2023. Com isso, os papéis da petroleira fecharam com baixa de mais de 1%.

Mas o destaque do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano. O documento reitera o comunicado divulgado com a decisão, ou seja, a se manter o cenário doméstico de desancoragem da inflação, o colegiado pode subir a taxa em mais 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Em segundo plano, mas não menos importante, o Tesouro Nacional divulgou hoje que a dívida pública federal cresceu 12,2% em 2024, atingindo R$ 7,3 trilhões ao final do ano. O órgão prevê que, ao final de 2025, o estoque da dívida poderá subir para R$ 8,5 trilhões.

Com o resultado do ano passado, o estoque ficou dentro do intervalo de R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2024.

A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar as despesas do governo acima da arrecadação com impostos e contribuições.

Dólar

Já o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,7724, com queda de 1,75%, na maior sequência de perdas da moeda desde a criação do real, em 1994. Foi a 12ª queda consecutiva da moeda norte-americana.

Mercado externo

Os indicadores estadunidenses viraram a chave hoje, em um processo de recuperação das perdas da véspera de olho nos resultados corporativos. Por lá, o destaque foram as ações da empresa de software Palantir, que subiram cerca de 26% e bateram recorde histórico após os números do quarto trimestre de 2024 superarem as expectativas dos analistas. Depois do fechamento, as atenções ficam direcionadas ao resultado da Alphabet, dona do Google.

Os agentes também seguem acompanhando os desdobramentos do anunciado tarifaço do presidente Donald Trump contra México, Canadá e China. Depois de negociações com os dois primeiros países, que resultaram na pausa das medidas por um mês, é aguardada agora uma possível negociação com a China.

O gigante asiático retaliou os Estados Unidos ao impor tarifas sobre os produtos norte-americanos, incluindo o setor de energia. Mas o governo chinês disse estar aberto a negociações. Por sua vez, Trump se mostra inflexível. Em uma rede social, ele disse que não tem pressa em negociar com o presidente chinês, Xi Jinping, um dia após ter dito que pretendia falar com o Jinping dentro de 24 horas.

O Dow Jones subiu 0,30%, aos 44.556,04 pontos; o S&P 500, +0,72%, aos 6,037,88 pontos; e o Nasdaq, +1,35%, aos 19.654,01 pontos.

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