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Índices futuros estendem ganhos da véspera; taxa de desemprego é destaque no Brasil

Nos EUA, será divulgado nesta sexta-feira (31) o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação preferido do Fed, o BC norte-americano
31/01/2025 | 08h13

Os índices futuros dos Estados Unidos mantêm a trajetória positiva da véspera, nesta manhã de sexta-feira (31), dia em que as atenções dos investidores estarão voltadas à divulgação do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense). No Brasil, o destaque é a divulgação da taxa de desemprego (Pnad Contínua) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As bolsas dos Estados Unidos fecharam em alta na véspera, repercutindo a divulgação dos balanços da Apple e da Intel, que apontaram fortes lucros. A fabricante do Iphone superou as estimativas de lucro. Por outro lado, as vendas do aparelho na China recuaram. A Intel também reportou lucros mais fortes do que o previsto.

Hoje, a temporada de balanços segue com a Chevron e a Exxon Mobil. Com pouco mais de 30% das empresas do S&P 500 já tendo reportado seus lucros neste trimestre, cerca de 77% superaram as expectativas dos analistas, segundo a FactSet.

Na Europa, O BCE (Banco Central Europeu) confirmou as expectativas e reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na quinta-feira, fixando sua taxa principal em 2,75%.

Por aqui, além da Pnad Contínua, serão divulgados hoje a Dívida Líquida/PIB de dezembro e o balanço orçamentário também de dezembro.

Brasil

Ibovespa disparou 2,82% na quinta-feira (30), aos 126.912,78 pontos, um ganho de 3.480,66 pontos. Em um dia de baixa liquidez global, o impulso veio do cenário interno e, principalmente, das falas do presidente Lula (PT), que ajudaram a acalmar o mercado.

Na véspera, o mercado financeiro digeriu a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano na quarta-feira (29). Foi a primeira reunião conduzida por Gabriel Galípolo, indicado por Lula à presidência do Banco Central.

Lula disse, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto ontem, que “não esperava milagres“, e frisou que Galípolo vai criar condições para baixar os juros.  “O presidente do Banco Central não pode dar ‘cavalo de pau’ num mar revolto de uma hora para outra”, ilustrou. Segundo ele, a alta “já estava demarcada pela gestão anterior do BC”, e o indicado do governo fez o que era preciso fazer.

Por sua vez, o dólar encerrou o pregão em baixa de 0,24%, a R$ 5,85. No ano, já se desvalorizou 5,3% contra o real.

Europa

As bolsas europeias operam com alta, com investidores digerindo mensagens dovish (conduta voltada ao estímulo econômico, de redução ou manutenção dos juros em patamares baixos) do BCE (Banco Central Europeu) na véspera. A autoridade monetária confirmou as expectativas e reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na quinta-feira, fixando sua taxa principal em 2,75%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, ressaltou a fraqueza da economia da zona do euro, o que foi confirmado pelos dados econômicos divulgados ontem mostrando estagnação no quarto trimestre de 2024. Isso fortaleceu as apostas do mercado em mais três cortes no juro, levando a taxa a 2% até o fim do ano.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,23%
DAX (Alemanha): +0,05%
CAC 40 (França): +0,27%
FTSE MIB (Itália): +0,34%
STOXX 600: +0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros seguem, nesta sexta-feira, o movimento positivo da véspera, repercutindo, principalmente, dados corporativos de empresas de tecnologia. Em outra frente, o presidente Donald Trump repetiu na quinta-feira a ameaça de impor uma tarifa de 100% aos países membros do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) para alertá-los sobre a proposta, defendida principalmente por Brasil e China, de substituição do dólar americano como moeda de reserva.

Dow Jones Futuro: +0,20%
S&P 500 Futuro: +0,37%
Nasdaq Futuro: +0,72%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com ganhos, acompanhando o desempenho positivo de Wall Street, enquanto os investidores avaliavam os lucros das grandes empresas de tecnologia.

No Japão, o índice de preços ao consumidor de Tóquio, excluindo alimentos frescos, subiu 2,5% ano a ano em janeiro, em comparação com 2,4% no mês anterior. Por sua vez, a taxa de desemprego do Japão caiu de 2,5% para 2,4%, entre novembro e dezembro.

Os mercados de Hong Kong e da China permanecem fechados devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +0,15%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul): -0,77%
ASX 200 (Austrália): +0,45%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, enquanto investidores avaliam algumas medidas tarifárias já anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o México e o Canadá, os dois maiores exportadores de petróleo bruto para os EUA.

Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 72,90 o barril
Petróleo Brent, +0,14%, a US$ 76,98 o barril

Agenda

Nos EUA, serão publicados o deflator de inflação PCE.

Por aqui, no Brasil, as vendas de diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 2,7% em 2024 ante 2023, para um recorde de 67,26 bilhões de litros, segundo dados publicados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na quinta-feira. As vendas de gasolina, por sua vez, recuaram 4% em 2024 ante o ano anterior, para 44,2 bilhões de litros, em meio a uma perda de competitividade versus o etanol hidratado, seu concorrente direto nas bombas.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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