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Economia

Índices futuros mantêm otimismo com anúncios de Trump e temporada de balanços

No Brasil, haverá a divulgação do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central e o Fluxo Cambial Estrangeiro
22/01/2025 | 08h12

Enquanto imigrantes e governos de alguns países estão apreensivos com as medidas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tomou posse na última segunda-feira (20), o mercado financeiro parece viver em uma realidade paralela. Nesta quarta-feira (22), os índices futuros de Nova York mantêm a trajetória positiva, com o otimismo em relação a mais gastos com inteligência artificial (IA) previstos pelo novo governo, que tem o apoio massivo das big techs, conforme mostrado em sua posse.

Trump anunciou uma joint venture chamada “Stargate”, com OpenAI, Oracle e Softbank para investir cerca de US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA nos Estados Unidos.

O anúncio foi feito no segundo dia de mandato de Trump e ocorre após a reversão da decreto do ex-presidente Joe Biden sobre IA, que tinha como objetivo reduzir os riscos que a inteligência artificial representa para os consumidores, trabalhadores e segurança nacional.

Além disso, os mercados seguem de olho nas primeiras regularizações de criptoativos e a questão da cidadania para filhos de imigrantes, que podem impactar o cenário econômico internacional nas próximas semanas. Lembrando que o próprio presidente tem um criptoativo para chamar de seu, a Trump coin ou meme coin, que vem disparando de seu lançamento.

Os indicadores também repercutem os resultados dos balanços divulgados ontem, quando as ações da Netflix subiram mais de 14% nas negociações após o expediente, depois que a gigante do streaming ultrapassou 300 milhões de assinaturas pagas. Já a United Airlines avançou mais de 3% depois que a operadora aérea divulgou uma perspectiva otimista e divulgou resultados do quarto trimestre que superaram as expectativas.

A temporada de balanços continua hoje, com a divulgação dos resultados de Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Halliburton e GE Vernova.

No Brasil, haverá a divulgação do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central e o Fluxo Cambial Estrangeiro.

No campo político, o presidente Lula (PT) segue com as reuniões que vem fazendo com ministros e está marcada para hoje uma entrevista com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, no programa ‘Bom dia, ministro’, da EBC.

Brasil

Ibovespa engatou mais um dia de alta, a terceira seguida, nesta terça-feira (21), repercutindo o mercado externo e com apoio do setor bancário. O principal indicador da Bolsa brasileira fechou o dia com alta de 0,39%, aos 123.338,34 pontos, um ganho de 483,19 pontos.

Com a agenda de indicadores interna esvaziada, o tom do dia continuou a ser dado pelo cenário externo, ainda repercutindo as falas e atos do presidente recém-empossado dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.

Sobre o Brasil, a única declaração de Trump até o momento é que o Brasil e países da América Latina precisam dos Estados Unidos mais dos que os norte-americanos precisam deles.

Já o dólar à vista encerrou as negociações com baixa de 0,18%, a R$ 6,0304.

Europa

As bolsas europeias operam em trajetória positiva, com investidores à espera de comentários da presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça. Outras participações de autoridades do BCE incluem o membro do Conselho de Governadores, François Villeroy de Galhau, que discutirá taxas de juros.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,09%
DAX (Alemanha): +0,66%
CAC 40 (França): +0,43%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA segue em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira, com os agentes repercutindo os anúncios do presidente Donald Trump e os balanços corporativos. Na véspera, a Netflix anunciou ter ultrapassado 300 milhões de assinaturas pagas e a United Airlines divulgou resultados do quarto trimestre que superaram as expectativas.

Dow Jones Futuro: +0,10%
S&P 500 Futuro: +0,37%
Nasdaq Futuro: +0,77%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa, com as ações chinesas em queda após os comentários do presidente Donald Trump sobre a imposição de uma tarifa de 10% à China.

Shanghai SE (China), -0,89%
Nikkei (Japão): +1,58%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,63%
Kospi (Coreia do Sul): +1,15%
ASX 200 (Austrália): +0,33%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, enquanto investidores avaliavam a declaração de emergência energética nacional feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em seu primeiro dia no cargo e seu impacto no fornecimento.

Petróleo WTI, -0,33%, a US$ 75,58 o barril
Petróleo Brent, -0,20%, a US$ 79,13 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados o Índice do Mercado Hipotecário semanal, o Relatório de Estoques de Petróleo da EIA (semanal) e os dados de Estoques de Petróleo Bruto API (semanal).

Na Europa, Christine Lagarde, presidente do BCE, participa de conversa no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Por aqui, no Brasil, a recém-sancionada lei de renegociação das dívidas dos Estados, chamada de Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), pode gerar um custo financeiro de até R$ 106 bilhões para o governo federal em cinco anos, segundo estudo do Tesouro Nacional. A lei prevê descontos nos juros e parcelamento das dívidas estaduais em até 30 anos, além de um fundo de equalização federativa. O impacto financeiro pode variar conforme a adesão dos estados e a estratégia de amortização adotada. No cenário mais favorável para a União, com amortização extraordinária, a medida pode resultar em um ganho de R$ 5,5 bilhões. A proposta visa pacificar as relações federativas, apesar do custo financeiro.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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