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Os mercados mundiais mantêm o movimento positivo da véspera, nesta manhã de quinta-feira (16), depois que os dados do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) mostraram retração em seu núcleo e os balanços de bancos mostraram ganhos parrudos, impulsionando os indicadores de Wall Street.

Por aqui, o destaque de hoje é a divulgação do IBC-Br de novembro, considerado um “termômetro” do PIB (Produto Interno Bruto).

Ainda nos Estados Unidos, os investidores aguardam a divulgação dos dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego, vendas no varejo e o Índice Nacional de Mercado Imobiliário, que podem fornecer mais informações sobre a trajetória da economia americana.

No âmbito corporativo, há mais balanços de bancos a serem divulgados nesta quinta-feira. Na fila, estão Morgan Stanley e Bank of Americana.

Na seara política, Scott Bessent, escolhido pelo presidente eleito Donald Trump para secretário do Tesouro, se reunirá perante o Comitê de Finanças do Senado dos EUA pela manhã, uma audiência que os investidores analisarão em busca de pistas sobre tarifas e outras políticas do novo governo.

Brasil

No embalo do mercado externo, o Ibovespa acabou fechando o pregão desta quarta-feira (15) com alta parruda de 2,81%, aos 122.650,20 pontos, ganho de 3.351,53 pontos. É a maior alta em um só dia desde 5 de maio de 2023 (+2,91%). Apenas dois ativos caíram ontem.

O índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,4% em dezembro, já com ajustes sazonais, conforme o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na sigla em inglês). O ritmo de alta do indicador, portanto, acelerou ligeiramente em relação ao mês anterior, quando avançou 0,3%, e veio acima das apostas dos analistas, que esperavam aumento de 0,3%. Ao longo de 2024, a inflação acumulada foi de 2,9%.

Porém, o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou após quatro meses de alta, com uma variação mensal de 0,2%. Ou seja, ficou em linha com as expectativas de analistas e abaixo do 0,3% de novembro. Como esses preços são aqueles mais sensíveis à política de juros, isso indica que o ciclo de cortes nas taxas de juros pode eventualmente ser mais profundo sem devolver fôlego ao custo de vida. Em 2024, o núcleo acumulou alta de 3,2%.

O movimento interno também impactou o dólar, que caiu de novo. A divisa teve baixa de 0,35%, encerrando as negociações a R$ 6,0252.

Europa

Os mercados europeus sobem, ampliando os ganhos da sessão anterior, repercutindo o resultado de Wall Street.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,65%
DAX (Alemanha): +0,27%
CAC 40 (França): +1,40%
FTSE MIB (Itália): +0,76%
STOXX 600: +0,63%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos mantêm a trajetória positiva da véspera, nesta quinta-feira, quando a inflação e os balanços parrudos dos bancos injetaram otimismo no mercado financeiro.

Dow Jones Futuro: +0,16%
S&P 500 Futuro: +0,40%
Nasdaq Futuro: +0,62%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com alta hoje, seguindo Wall Street. Das notícias da região, o banco central da Coreia do Sul surpreendeu ao manter as taxas de referência em 3%. Economistas pesquisados ​​pela Reuters esperavam que o Banco da Coreia cortasse sua taxa básica de juros em 25 pontos-base.

Shanghai SE (China), +0,28%
Nikkei (Japão): +0,33%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,23%
Kospi (Coreia do Sul): +1,23%
ASX 200 (Austrália): +1,38%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, após um declínio maior que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA, somado às preocupações com o fornecimento alimentadas pelas sanções dos EUA contra o comércio de energia da Rússia.

Petróleo WTI, -0,07%, a US$ 79,98 o barril
Petróleo Brent, -0,10%, a US$ 81,93 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal, as vendas no varejo de dezembro e o Índice NAHB de Mercado Imobiliário de janeiro.

Na Europa, serão divulgadas a ata da reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu).

Por aqui, no Brasil, o governo federal confirmou para hoje, às 15h, a sanção do projeto que regulamenta a reforma tributária, em evento no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula (PT) e diversos setores econômicos. Na véspera (15), Lula se reuniu com ministros para discutir os vetos ao projeto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que já iniciou a apresentação das sugestões de veto ao presidente, que são questões técnicas e não afetam as decisões de mérito do Congresso. O governo avalia vetar um trecho relacionado ao recolhimento de impostos de plataformas digitais, considerado problemático pela equipe econômica.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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