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Mercados mundiais operam mistos; decisão do Copom e inflação dos EUA são destaques

Além da decisão do Copom, o IBGE divulga os dados do setor de serviços de outubro
11/12/2024 | 08h19
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Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de quarta-feira (11), com os investidores à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, o que poderá dar pistas sobre a decisão do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense) na próxima semana. Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia sua decisão a respeito da taxa Selic depois do fechamento do mercado financeiro.

Nos Estados Unidos, os futuros de fundos do Fed estão precificando uma probabilidade de mais de 85% de que o banco central reduza as taxas de juros na reunião dos dias 17 e 18 de dezembro, de acordo com a FedWatch Tool da CME.

Já por aqui, a expectativa é de que o Copom eleve a taxa básica de juros. A dúvida apenas é em relação à dose. Há quem aposte em alta de 0,75 ponto percentual, enquanto outra parte dos agentes do mercado projetam ajuste maior, de 1 p.p.

Essa será a última reunião presidida por Roberto Campos Neto, que deixa a presidência do BC em 31 de dezembro. A partir de janeiro, ele será substituído pelo diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo.

Ainda no Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará os dados de crescimento do setor de serviços de outubro. Na última divulgação, o setor apresentou alta mensal de 1,0% e avanço anual de 4,0%.

Brasil

O Ibovespa fechou com alta na terça (10), voltando a ficar acima do patamar dos 128 mil pontos perdido no final do mês passado. Agentes do mercado estão de olho nas sinalizações envolvendo o pacote fiscal e dados de inflação antes da decisão sobre a Selic.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,8%, a 128.228,49 pontos, após marcar 128.510,52 pontos na máxima e 127.212,63 pontos na mínima do dia. Em dois dias, o índice avançou mais de 2,2 mil pontos. O volume financeiro somou R$ 19,16 bilhões.

O dólar comercial também se acomodou, caindo 0,58%, para R$ 6,04. Os DIs (juros futuros) igualmente respiraram aliviados e apresentaram queda em toda a curva.

Europa

As bolsas europeias operam ligeiramente em baixa, com os investidores na expectativa sobre a decisão da política monetária do BCE (Banco Central Europeu) nesta quinta-feira (12).

FTSE 100 (Reino Unido): -0,86%
DAX (Alemanha): -0,14%
CAC 40 (França): -0,16%
FTSE MIB (Itália): +0,11%
STOXX 600: -0,26%

Estados Unidos

Os índices futuros operam majoritariamente no positivo hoje, com os investidores à espera da inflação medida pelo CPI. Além disso, também está no radar dos agentes a divulgação de resultados corporativos, como o da Adobe.

Dow Jones Futuro: -0,07%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: +0,12%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos. As ações sul-coreanas, que vinham apresentando queda nos últimos dias diante dos problemas políticos do país após o anúncio da lei marcial, avançaram pelo segundo pregão consecutivo, dando sequência a uma recuperação.

Na China, o presidente Xi Jinping lançou uma investigação contra a Nvidia e impôs restrições à exportação de materiais raros com aplicações militares, ganhando terreno em uma potencial guerra comercial com os Estados Unidos. Além disso, Pequim limitou a venda de componentes estratégicos usados na fabricação de drones para os EUA e Europa.

Shanghai SE (China), +0,29%
Nikkei (Japão): +0,01%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,77%
Kospi (Coreia do Sul): +1,02%
ASX 200 (Austrália): -0,47%

Petróleo

Os preços do petróleo avançam com agentes do mercado esperando que a demanda aumente na China no ano que vem, depois que Pequim anunciou uma política monetária mais flexível para estimular o crescimento econômico.

Petróleo WTI, +0,32%, a US$ 68,81 o barril
Petróleo Brent, +0,29%, a US$ 72,40 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgada a inflação ao consumidor (CPI).

Por aqui, no Brasil, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou ontem que, caso o pacote de contenção de gastos públicos seja aprovado ainda este ano, a área econômica espera menos pressão sobre as despesas discricionárias do governo em 2025. Durante entrevista após evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Durigan indicou que o governo pode negociar ajustes pontuais nas regras de acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), desde que não alterem o impacto fiscal previsto na medida. Na seara de indicadores, o IBGE divulga os dados do setor de serviços e o Copom anuncia sua decisão sobre os juros depois do fechamento do mercado financeiro.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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