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O superávit da balança comercial brasileira recuou 24,6% em 2024 ante 2023, totalizando US$ 74,55 bilhões. Os dados foram divulgados na tarde desta segunda-feira (6) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

Em 2023, o Brasil havia registrado superávit de US$ 98,9 bilhões na balança comercial, o que representou um recorde histórico.

De acordo com as informações do MDIC, a piora na balança comercial ocorreu devido ao aumento das importações.

Entre exportações e importações, o total de 2024 ficou assim dividido:

  • Exportações: somaram US$ 337,03 bilhões, queda de 2%, pela média diária, na comparação com 2023; e
  • Importações: totalizaram US$ 262,48 bilhões, alta de 7,7%, pela média por dia útil, em relação ao ano anterior.

Os principais produtos exportados no ano passado foram: óleos brutos de petróleo (US$ 44,84 bilhões, aumento de 5,2%); soja (US$ 42,94 bilhões, com queda de 19,4%); minério de ferro (US$ 29,84 bilhões, -2,4%); açúcares e melaços (US$ 18,63 bilhões, +18,1%); e óleos combustíveis (US$ 11,69 bilhões, +3,9%).

Do lado das importações, os principais produtos foram: óleos combustíveis (US$ 15,19 bilhões, -12,3%); adubos e fertilizantes (US$ 13,56 bilhões, -7,2%); válvulas termodinâmicas (US$ 8,96 bilhões, -1,5%); motores e máquinas não elétricos (US$ 8,46 bilhões, +28,9%); e veículos automóveis de passageiros (US$ 8,29 bilhões, +43,2%).

Para 2025, o MDIC projeta que o superávit da balança comercial fique entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.

Para as exportações, a expectativa é de um valor entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e para as compras do exterior, algo entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

Balança comercial: crescimento da economia explica déficit nas contas externas

A queda no superávit da balança comercial tem pressionado as contas externas, conforme mostraram dados do Banco Central divulgados no fim do mês passado. O déficit somou US$ 46,8 bilhões de janeiro a novembro, enquanto no mesmo período do ano passado, o saldo negativo foi de US$ 18,9 bilhões.

Mas, importante salientar, o déficit das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. A expectativa é de que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro avance 3,5% este ano. Isso porque, quando o país cresce, demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também.

Ademais, o saldo negativo das contas externas tem sido coberto pelos investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira, que totalizaram US$ 68,3 bilhões até novembro, ante US$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2023. Ou seja, os investimentos em dólar têm financiado o rombo das contas externas.

Assista à edição de terça-feira (7/1) do ICL Mercado e Investimentos, em que o resultado da balança comercial foi analisado pelos economistas e apresentadores André Campedelli e Deborah Magagna.

 

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