ouça este conteúdo
|
readme
|
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma espécie de “termômetro” do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,1% em outubro, após aumento de 0,8% em setembro. Os dados foram divulgados, na manhã desta sexta-feira (13), pelo Banco Central.
O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes.
Foi o terceiro mês seguido de expansão do indicador, embora agora mostrando desaceleração. Ainda assim, a ligeira alta está acima do previsto por analistas, que esperavam retração no indicador.
Na comparação com outubro do ano passado, o indicador alcançou aumento de 7,3%, segundo o Banco Central.
Nos dez primeiros meses de 2024, o aumento acumulado é de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023. Já em 12 meses até outubro, a alta foi de 3,4%.
No terceiro trimestre do ano, encerrado em setembro, o indicador apontou avanço de 1,1%. Foi o quarto resultado seguido no positivo.
No segundo trimestre, o IBC-BR teve uma expansão um pouco maior, de 1,2%. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%).
IBC-Br x política monetária mais contracionista
Em setembro, as vendas no varejo no Brasil variaram positivamente 0,5% na comparação com o mês anterior, quando tiveram variação negativa de 0,2%. Em 2024, o varejo acumula alta de 4,8%. A média móvel trimestral, após variação de -0,2% em agosto, variou 0,3% no trimestre encerrado em setembro. Já o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,9%, 24º mês seguido que esse indicador é positivo.
Mesmo com o início de trajetória de alta da taxa básica de juros, em setembro, a atividade econômica tem resistido.
Mas, nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central adotou uma política monetária mais agressiva, com alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que passou de 11,25% para 12,25% ao ano.
Como o colegiado está mirando um horizonte de médio a longo prazo, a expectativa é de que o aumento dos juros e a probabilidade de ao menos mais dois nessa magnitude, como reforça o comunicado da autoridade monetária divulgado com a decisão, tenham o efeito de contrair a atividade econômica nos próximos meses.
Embora o IBC-Br e o PIB (Produto Interno Bruto), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tenham metodologias de cálculos distintas, o indicador do BC é considerado uma espécie de termômetro do índice do instituto.
Conforme o último Boletim Focus do Banco Central, que traz previsões de agentes do mercado financeiro para a economia, a mediana para o fechamento do PIB este ano avançou de 3,22% para 3,39% este ano.
O aumento aconteceu após a divulgação do PIB do terceiro trimestre pelo IBGE, que registrou uma expansão de 0,9%. Para 2025, a mediana subiu de 1,95% para 2%.
Relacionados
Lula assina decreto que antecipa 13º salário dos aposentados para abril e maio
Pelo cronograma tradicional, os valores seriam depositados somente no segundo semestre
Ministério Público do DF investigará compra do Banco Master pelo BRB
Banco de Brasília diz que informou TCDF sobre a operação
Trump anuncia hoje pacote de novas tarifas para produtos estrangeiros
Presidente dos EUA afirma que "todos os países" serão atingidos pela medida