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Economia

Venda de veículos novos cresce 14% em 2024; resultado é o melhor em 5 anos

Em todos os segmentos, houve alta de 2,11% em relação a novembro, segundo a Fenabrave
08/01/2025 | 16h42

Em 2024, foram comercializados 2.634.514 veículos novos, incluindo comerciais leves, caminhões e ônibus, um crescimento de 14,15% em relação a 2023, quando 2,3 milhões de unidades foram emplacadas. Foi o melhor desempenho desde 2019, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

“O setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos, no mercado nacional. Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro [+16,8%], sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano [+13,5%]”, analisa Arcelio Junior, novo presidente da Fenabrave.

Na avaliação de Arcelio, “ficou evidente a sensibilidade do nosso setor e a capacidade de adaptação que temos diante do mercado e dos movimentos da macroeconomia, seja nacional como internacional. Itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor, o que dificulta, neste momento, fazer prognósticos precisos para os próximos 12 meses, pois estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, completou.

Tendência de recuperação da economia impulsiona mercado de veículos novos

O crescimento do mercado automotivo reflete uma tendência de recuperação econômica e maior confiança dos consumidores. Além disso, as montadoras têm investido na ampliação de suas linhas de veículos, com mais opções de modelos híbridos e elétricos, além de versões mais acessíveis para atender a diferentes públicos.

Especialistas do setor também apontam a estabilidade na concessão de crédito como um dos principais impulsionadores das vendas.

Os bons números do setor também refletem os programas do governo federal, como o Mover: Programa de Mobilidade Verde, que incentivou os investimentos das montadoras no Brasil.

Porém, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira mostra retração da indústria nacional pelo segundo mês consecutivo.

No confronto entre novembro e outubro de 2024, na série com ajuste sazonal, as atividades de maior influência negativa foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%), e
coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%).

No acumulado de 2024, porém, o setor industrial acumula alta de 3,2%. Contudo, com a taxa de juros elevada (a Selic está em 12,25% ao ano) será muito difícil repetir o bom desempenho em 2025.

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