Americanos e estrangeiros se reuniram em Connecticut esta semana para se informar sobre os riscos que correm a partir da segunda-feira (20), data em que Donald Trump assume, por quatro anos, a Casa Branca. Será de lá, com aviso desde a sua campanha, que ele promete uma deportação em massa de imigrantes. A reunião era para preparar uma resistência que pretende defender o estado de direito e a democracia. Quem conta a história é Jamil Chade em sua coluna no UOL.
O jornalista participou do encontro, testemunhou o drama e o medo das pessoas ali reunidas. Em entrevista ao N1, Jamil contou que as famílias já começam a pensar em procurar guardiões para os filhos e preparar documentação para o caso de os pais serem deportados da noite para o dia, abandonando forçadamente jovens e crianças nascidas em solo americano.
Medo. Nós acompanhamos o que aconteceu nos Estados Unidos de Donald Trump 2017–2020 e vivemos o Brasil de Jair Bolsonaro 2019–2022. Lá, o que parecia impossível aconteceu em 2024. Venceu o trumpismo, que retoma o poder aliado a uma extrema-direita organizada mundialmente, e apoiado pelo dinheiro e pela influência das gigantes da tecnologia que dominam a comunicação digital. As maiores doaram dinheiro para a festa de posse de Trump, Amazon, X (antigo Twitter), Meta e Microsoft, entre outras.
Não é cedo para falar de 2026 e dos rumos que o Brasil deve tomar nas próximas eleições presidenciais. Lula chega ao meio de seu mandato carregando os ossos dos ataques às sedes dos três poderes, de uma tentativa de golpe de estado e até de um plano de assassinato dele, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes — tudo isso em dois anos.
Os brasileiros têm pouco mais de 24 meses para estancar essa hemorragia e recuperar o país. O inconsciente a gente não controla, mas o consciente me preocupa.
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