Por Chico Alves
Em campanha contra a indicação de Flávio Dino à vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, o deputado de extrema-direita Marcel van Hattem (Novo-RS) e outros políticos de sua legenda resolveram apelar para um item que remete a um dos piores movimentos da história da humanidade. A expressão “Dino, não!” foi impressa em uma braçadeira de fundo vermelho bem parecida com as que usavam os militares e simpatizantes no nazismo, a partir de 1930. Braçadeira era um acessório usado pelo próprio Adolf Hitler.
Chama atenção que a cor vermelha seja predominante no acessório, já para a extrema-direita isso é sempre indicação de “comunismo” – essa ideia inspirou inclusive slogans como “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Nas braçadeiras originais dos nazistas, no entanto, predominava a cor vermelha.
Van Hattem tem liderado campanha contra a indicação de Flávio Dino, encabeçando abaixo-assinado, distribuindo vídeos com ataques ao político maranhense, distribuindo panfletos e usando braçadeiras como essa, tão parecida com as que usaram os nazistas.
Braçadeiras com suásticas são apetrechos usados em manifestações neonazistas na Europa e por delinquentes brasileiros presos recentemente por fazer apologia ao nazismo no Brasil.
Flávio Dino tem sido alvo de uma intensa campanha de fake news, inclusive com a divulgação de que ele ajudaria a implantar o comunismo no Brasil. Circulou nas redes sociais um texto com essa afirmação sob uma montagem em que Dino aparece à frente de uma bandeira vermelha com o símbolo da foice e do martelo.
“Registro a minha indignação com a campanha abjeta que estão fazendo, a exemplo dessa grosseira falsificação. A prova da falsidade é evidente, à luz do conteúdo estapafúrdio e do estilo ridículo com que o discurso é proferido”, rebateu o atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
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