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Erro de grafia em decisão substitui palavra ‘como’ por ‘corno’

Nas 135 páginas da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, foram encontrados alguns erros de digitação
09/02/2024 | 08h47

Agência Justiça

Por Karla Gamba

Nas 135 páginas da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou a prisão, busca e apreensão, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos aliados um erro de grafia repetido em três momentos diferentes chamou a atenção: a palavra “corno” aparece no lugar de “como”.

A palavra aparece escrita errada em trechos do texto que reproduzem pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, nos textos originais as palavras estão escritas de forma correta.

Os erros foram apontados inicialmente por uma matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, e confirmados pelo ICL.

A primeira vez que a palavra aparece errada é na página 13 do despacho, onde se descreve a atuação de investigados que forneceram assessoria jurídica à tentativa de Golpe de Estado:

“A organização de reuniões de planejamento e de execução de medidas seria intermediada por determinados investigados. Um grupo de pessoas é apontado corno responsável pelo constante assessoramento jurídico e pela elaboração de minutas de decretos, com os fins de consumar um golpe de Estado e de subverter a ordem democrática.”

O segundo erro foi constatado na página 49 da decisão, onde é descrita a atuação de Rafael Martins, um dos presos nesta quinta-feira (8).

“O Major Rafael Martins de Oliveira, conhecido corno “JOE”, com formação em Forças Especiais, foi identificado como interlocutor de Mauro Cid na coordenação de estratégias adotadas pelos investigados para a execução do golpe de Estado e para a obtenção de formas de financiar as operações do grupo criminoso.”

A terceira e última vez em que o erro de grafia é cometido está na página 49 da decisão. O trecho se refere ao papel de Marcelo Câmara, tamborim preso na operação desta quinta, na organização da tentativa de Golpe de Estado:

“Era considerado um dos assessores mais próximos do ex-Presidente da República, tendo sido, após o término do mandato, nomeado corno um de seus auxiliares residuais, viajando aos EUA para acompanhá-lo. Pelos elementos até então coligidos, ele era responsável pelo núcleo de inteligência paralela, coletando informações sensíveis e estratégicas, com aptidão para auxiliar a tomada de decisões do ex-Presidente da República”.

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