Um estudo, publicado na última quarta-feira (19) na revista Cell Metabolism, da Cell Press, aponta que o aspartame, um adoçante artificial comumente utilizado em refrigerantes diet e doces sem açúcar pode impactar a saúde vascular.
Segundo a pesquisa, o produto aumenta os níveis de insulina em animais, contribuindo para a aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias). Isso aumenta os riscos de ataques cardíacos e derrames ao longo do tempo, além de elevar os níveis de inflamação.
Estudo e análise
No estudo, os pesquisadores alimentaram camundongos com doses diárias de alimentos contendo 0,15% de aspartame por 12 semanas. A quantidade corresponde ao consumo de cerca de três latas de refrigerante diet por dia para humanos. Após a amostragem, os camundongos alimentados com aspartame desenvolveram placas maiores e mais gordurosas em suas artérias e exibiram níveis mais altos de inflamação.
Também foi verificado um aumento nos níveis de insulina depois que o aspartame entrou em seus sistemas. O aspartame — que é 200 vezes mais doce que o açúcar — pareceu enganar esses receptores para liberar mais insulina.

Estudo foi publicado na última quarta-feira (19) na revista Cell Metabolism
Os pesquisadores também demonstraram que esses níveis elevados de insulina induziram o crescimento de placas de gordura nas artérias dos camundongos. Esse achado sugere que a insulina pode ser a ligação entre o aspartame e a saúde cardiovascular. Os cientistas também investigaram como exatamente os níveis elevados de insulina levam ao acúmulo de placa arterial e identificaram um sinal imunológico chamado CX3CL1.
“Como o fluxo sanguíneo através da artéria é forte e robusto, a maioria dos produtos químicos seria rapidamente lavada enquanto o coração bombeia”, diz Yihai Cao, autor sênior do estudo. Como próximo passo, a equipe de pesquisadores planeja verificar suas descobertas em humanos.
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