A coluna confirmou nesta terça-feira (23) junto a interlocutores do ex-PM Ronnie Lessa que a pessoa com foro de prerrogativa de função citada pelo miliciano nas declarações feitas à Polícia Federal é o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Por isso, um procedimento preparatório de um acordo de colaboração premiada foi enviado para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O acordo, porém, ainda não está concluído. A fase é de corroboração das declarações de Ronnie, mas o documento do acordo em si não está pronto e ainda precisa ser levado à homologação.
O encaminhamento do acordo de Ronnie Lessa com a PF foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo portal ICL Notícias. Se concluída, a delação do ex-policial militar dependerá de homologação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos casos criminais, a Corte é responsável pelo julgamento de governadores, integrantes dos tribunais de contas e desembargadores.
A coluna apurou que a investigação avançou desde o fim do ano passado e, com a delação, existe uma possibilidade real do esclarecimento completo do caso. Autoridades da PF, porém, estão muito preocupadas com o vazamento da existência das tratativas da delação. Acham que até o momento da conclusão do acordo pode haver uma reviravolta, que os policiais querem evitar.
Por causa do acerto, o escritório que atua na defesa de Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, deve deixar o caso. A notícia foi revelada pela coluna com exclusividade. O escritório não faz acordos de delação premiada.
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