A população de São Paulo assistiu nas últimas horas um novo – e potencialmente criminoso – capítulo envolvendo a candidatura de Pablo Marçal. Desta vez utilizando uma informação falsa para atacar a campanha de Guilherme Boulos, o ex-coach deu mais um exemplo da ineficiência das ferramentas de controle e fiscalização que atualmente atuam no combate às fake news, resultando no sequestro do debate público em um momento chave para a nossa democracia.
Publicada por volta das 21:30h no Instagram, a mensagem falsa resultou no que é, até aqui, a 5º publicação com maior volume de interações no Instagram | Facebook-BR das últimas 24h.
No Google, ao filtrarmos as buscas pela região de São Paulo nos últimos 90 dias nós também observamos um pico extraordinário de buscas pelo candidato. Algo normal – e desejado pelas campanhas – se não fosse a atuação ilegal do ex-coach nas últimas horas. Junto ao pico de buscas se somam termos como em ascensão como CRM 17064, Jose Roberto de Souza, Laudo de Boulos e Laudo Médico Boulos.
Para além dos impactos nas candidaturas envolvidas, o que fica é o desprezo da candidatura do ex-coach pelas regras eleitorais e pela justiça, fruto de uma inanição do combate ao comportamento de atores que já deram diversas demonstrações de desprezo pelo processo eleitoral. Não se trata apenas do impacto a um candidato, mas sim o dano que tal comportamento acarreta para o processo eleitoral como um todo, uma vez que sequestra o debate sobre propostas, ideias e visões para a cidade. Trata-se portanto de uma espécie de censura provocada pelo comportamento perverso e criminoso de atores que buscam, a todo custo, subverter as regras eleitorais e explorar publicamente a passividade e omissão dos órgãos de fiscalização eleitoral.
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